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PPGCF
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA FLORESTAL
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Notícias

DESENVOLVIMENTO DE EUCALIPTO E CAPIM-MARANDU EM SISTEMA SILVIPASTORIL

Discente de Doutorado
ELIZZANDRA MARTA MARTINS GANDINI
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Titulado(a)
Defesa
Data: 14/12/2018
Horário: 08:00
Local: DEF/UFVJM
Status: Aprovada
Resumo
O presente estudo tem o objetivo de quantificar o crescimento de árvores de eucalipto (híbrido E. urophylla x E. grandis) e a radiação fotossinteticamente ativa (RFA) incidente em Sistema Silvipastoril (SSP), verificando o efeito do sombreamento sobre as plantas de capim-marandu (Brachiaria brizanthacv Marandu). A área experimental situa-se no município de Curvelo- MG, o sistema agrossilvipastoril foi implantando em local de pastagem degradada, inicialmente composto por três espécies – arbórea (eucalipto), agrícola (milho) e forrageira (capim-marandu), todas plantadas na mesma época. O capim-marandu foi avaliado em delineamento de blocos casualizados em esquema fatorial 2 x 4 + 1, totalizando nove tratamentos com quatro repetições (blocos). O fator A - dois espaçamentos do cultivo do eucalipto – 12 x 2 e 12 x 3 metros, e fator B - quatro distâncias das forrageiras em relação as árvores – 1, 2, 4 e 6 metros. Após a colheita do milho, o sistema passou a ser silvipastoril. Antecedendo as quatro coletas foi realizado um corte de uniformização da forragem, permanecendo a área em período de descanso de cerca de 60 dias. A primeira avaliação e corte ocorreu em janeiro de 2016 e a última em julho de 2017, quando o sistema estava com 31 meses de implantação. As unidades experimentais dos tratamentos em consórcio possuíam 36 x 18 m, totalizando uma área de 648 m2, composta por quatro faixas de fileiras simples de eucalipto espaçadas a cada 12 m, intercaladas à espécie forrageira (SSP). As fileiras laterais de eucalipto foram utilizadas como bordadura. Para as parcelas em monocultivo do capim-marandu as dimensões foram de 36 x 10 m, totalizando uma área de 360 m2. As variáveis avaliadas foram: altura, DAP e volume m3ha-1de madeira das árvores de eucalipto; RFA incidente sob o capim-marandu; pigmentos fotossintéticos, temperatura foliar, altura, massa de forragem, produção de matéria seca, densidade populacional de perfilhos, relação lâmina foliar/colmo, relação material fresco/material senescente, número de plantas m-2, matéria seca, matéria orgânica, proteína bruta, FDN, FDA, P e K das plantas de capim-marandu. Os espaçamentos de 12 x 2 e 12 x 3 m de cultivo do eucalipto implicam em redução da quantidade RFA incidente sobre o sub-bosque, assim como redução da produtividade da forragem, contudo, a composição químico-bromatológica do capim-marandu cultivado em SSP atende os parâmetros para obtenção de pasto de qualidade. Houve redução do teor de FDN e FDA, e aumento do teor de proteína bruta e minerais. Até os 31 meses de plantio, as árvores de eucalipto cultivadas nos dois espaçamentos pouco diferiram quanto altura e DAP, porém se o objetivo é facultar o crescimento do capim-marandu, recomenda-se o espaçamento 12 x 3 m, que propicia maior incidência da RFA. As alterações nas concentrações das variáveis analisadas sugerem adaptações ao sombreamento o que comprova o capim-marandu factível de ser utilizado em SSP nas condições ecológicas da região de Curvelo-MG. O presente estudo tem o objetivo de quantificar o crescimento de árvores de eucalipto (híbrido E. urophylla x E. grandis) e a radiação fotossinteticamente ativa (RFA) incidente em Sistema Silvipastoril (SSP), verificando o efeito do sombreamento sobre as plantas de capim-marandu (Brachiaria brizanthacv Marandu). A área experimental situa-se no município de Curvelo- MG, o sistema agrossilvipastoril foi implantando em local de pastagem degradada, inicialmente composto por três espécies – arbórea (eucalipto), agrícola (milho) e forrageira (capim-marandu), todas plantadas na mesma época. O capim-marandu foi avaliado em delineamento de blocos casualizados em esquema fatorial 2 x 4 + 1, totalizando nove tratamentos com quatro repetições (blocos). O fator A - dois espaçamentos do cultivo do eucalipto – 12 x 2 e 12 x 3 metros, e fator B - quatro distâncias das forrageiras em relação as árvores – 1, 2, 4 e 6 metros. Após a colheita do milho, o sistema passou a ser silvipastoril. Antecedendo as quatro coletas foi realizado um corte de uniformização da forragem, permanecendo a área em período de descanso de cerca de 60 dias. A primeira avaliação e corte ocorreu em janeiro de 2016 e a última em julho de 2017, quando o sistema estava com 31 meses de implantação. As unidades experimentais dos tratamentos em consórcio possuíam 36 x 18 m, totalizando uma área de 648 m2, composta por quatro faixas de fileiras simples de eucalipto espaçadas a cada 12 m, intercaladas à espécie forrageira (SSP). As fileiras laterais de eucalipto foram utilizadas como bordadura. Para as parcelas em monocultivo do capim-marandu as dimensões foram de 36 x 10 m, totalizando uma área de 360 m2. As variáveis avaliadas foram: altura, DAP e volume m3ha-1de madeira das árvores de eucalipto; RFA incidente sob o capim-marandu; pigmentos fotossintéticos, temperatura foliar, altura, massa de forragem, produção de matéria seca, densidade populacional de perfilhos, relação lâmina foliar/colmo, relação material fresco/material senescente, número de plantas m-2, matéria seca, matéria orgânica, proteína bruta, FDN, FDA, P e K das plantas de capim-marandu. Os espaçamentos de 12 x 2 e 12 x 3 m de cultivo do eucalipto implicam em redução da quantidade RFA incidente sobre o sub-bosque, assim como redução da produtividade da forragem, contudo, a composição químico-bromatológica do capim-marandu cultivado em SSP atende os parâmetros para obtenção de pasto de qualidade. Houve redução do teor de FDN e FDA, e aumento do teor de proteína bruta e minerais. Até os 31 meses de plantio, as árvores de eucalipto cultivadas nos dois espaçamentos pouco diferiram quanto altura e DAP, porém se o objetivo é facultar o crescimento do capim-marandu, recomenda-se o espaçamento 12 x 3 m, que propicia maior incidência da RFA. As alterações nas concentrações das variáveis analisadas sugerem adaptações ao sombreamento o que comprova o capim-marandu factível de ser utilizado em SSP nas condições ecológicas da região de Curvelo-MG.
Palavras-chave
Brachiaria brizantha;cultivo sombreado;espaçamento;eucalipto;Eucalyptus urograndis;qualidade do pasto
Abstract
The present study aims to quantify the growth of eucalyptus trees (E. urophylla x E. grandis hybrid) and photosynthetically active radiation (PAR) incident on Silvipastoral System (SPS), verifying the effect of shading on grass plants -marandu (Brachiaria brizantha cv Marandu). The experimental area is located in the municipality of Curvelo-MG, the agrosilvipastoral system was implanted in a degraded pasture site, initially composed of three species - arboreal (eucalyptus), agricultural (corn) and forage (marandu grass), all planted at the same time. The marandu grass was evaluated in a randomized block design in a 2 x 4 + 1 factorial scheme, totaling nine treatments with four replicates (blocks). The factor A - two spacings of the eucalyptus cultivar - 12 x 2 and 12 x 3 meters, and factor B - four distances of the foragers in relation to the trees - 1, 2, 4 and 6 meters. After harvesting the corn, the system became silvipastoral. Before the four collections, a cut of uniformity of the forage was made, remaining the area in rest period of about 60 days. The first evaluation and cut occurred in january 2016 and the last in jJuly 2017, when the system was 31 months old. The experimental units of the consortium treatments had 36 x 18 m, totaling an area of 648 m2, composed of four bands of single eucalyptus rows spaced every 12 m, interspersed with the forage species (SPS). The lateral rows of eucalyptus were used as border. For the monoculture plots of marandu grass, the dimensions were 36 x 10 m, totaling an area of 360 m2. The variables evaluated were: height, DBH and volume m3ha-1 of wood from eucalyptus trees; PAR incident under the marandu grass; dry matter yield, dry matter yield, tiller population density, leaf / stem ratio, fresh material / senescent ratio, number of plants m-2, dry matter, organic matter, crude protein , NDF, ADF, P and K of the marandu grass plants. The spacings of 12 x 2 and 12 x 3 m of eucalyptus cultivation imply a reduction in the amount of PAR incident on the understorey, as well as reduction of forage yield, however, the chemical-bromatological composition of the Marandu grass grown in SPS meets the parameters for obtaining quality grazing. There was a reduction in NDF and ADF content, and an increase in crude protein and mineral content. Until 31 months of planting, the eucalyptus trees grown in the two spacings had little difference in height and DBH, but if the goal is to provide growth of marandu grass, it is recommended to spacing 12 x 3 m, which provides a higher incidence of PAR. The changes in the concentrations of the analyzed variables suggest adaptations to the shading, which proves the marandu grasses that can be used in SPS in the ecological conditions of the Curvelo-MG region.
Keywords
Brachiaria brizantha;shade cultivation;spacing;eucalyptus;Eucalyptus urograndis;pasture quality.
Banca: 5 integrantes
jose-barbosa-dos-santos
Presidente
JOSÉ BARBOSA DOS SANTOS
daniel-jose-silva-viana
Participante externo
DANIEL JOSÉ SILVA VIANA
emerson-delano-lopes
Participante externo
EMERSON DELANO LOPES
janaina-fernandes-goncalves
Participante externo
JANAÍNA FERNANDES GONÇALVES
marcela-azevedo-magalhaes
Participante externo
MARCELA AZEVEDO MAGALHÃES