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Implicações do Controle Químico de Gramíneas na Cultura do Eucalipto

Discente de Doutorado
Gabriela Madureira Barroso

Titulado(a)

Defesa
Data: 05/03/2021
Horário: 08:00
Local: DEF/UFVJM
Status: Aprovada

Resumo
O eucalipto apesar de ser uma árvore exótica, é a espécie mais cultivada no Brasil. A sua adaptação às condições climáticas e topográficas do país contribuíram para o sucesso das plantações, que mantém altas produtividades ao longo dos anos. No período inicial do plantio uma das maiores preocupações é com o controle da matocompetição, que pode diminuir drasticamente o crescimento do eucalipto, e, consequentemente, a produção final. O controle de plantas daninhas nos cultivos é feito por meio de herbicidas aplicados em pré e pós plantio. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar as implicações do controle químico de gramíneas na cultura do eucalipto. Por meio de três capítulos, foram abordados os principais temas relacionados ao uso de agrotóxicos nesta cultura: a mistura de agrotóxicos em tanque, a sensibilidade do eucalipto a herbicidas pré-emergentes e avalição do risco de resistência de Digitaria insularis, por meio de modelagem climática. Observamos que os relatos de misturas de agrotóxicos são predominantes para efeitos aditivos, com 45% dos casos, 40% para efeitos sinergísticos e apenas 15% para misturas antagônicas. No segundo capítulo, observamos que mudas de eucalipto foram mais sensíveis aos herbicidas indaziflam e glyphosate + S-metolachlor. A aplicação sequencial de herbicida e fertilizante foliar diminuiu a intoxicação causada pelo indaziflam ao Clone AEC 056. O fertilizante foliar intensificou os sintomas nos tratamentos com clomazine e diuron + sulfentrazone no Clone AEC 144 e com sulfentrazone e diuron + sulfentrazone no Clone AEC 2034. Em relação aos resultados do terceiro capítulo, confima-se que o Brasil apresenta alta adequabilidade climática para a ocorrência de Digitaria insularis durante todo o ano, com menores índices no inverno, principalmente no sul do país. Existe o risco da seleção de biótipos de D. insularis resistentes ao glyphosate em áreas de cultivo de eucalipto devido à adequabilidade climática e o uso expressivo do mesmo ingrediente ativo.

Palavras-chave
Digitaria insularis;fitotoxicidade;fitossanidade;herbicidas;modelagem;resistência;silvicultura.

Abstract
Eucalyptus, despite being an exotic tree, is the most cultivated species in Brazil. Its adaptation to the country's climatic and topographic conditions contributed to the success of the plantations, which have maintained high productivity over the years. In the initial planting period, one of the biggest concerns is with the control of weed competition, which can drastically decrease the growth of eucalyptus, and, consequently, the final production. The control of weeds in crops is done through herbicides applied in pre- and post-planting. Thus, the objective of this work was to evaluate the implications of chemical control of grasses in the eucalyptus culture. Through three chapters, the main topics related to the use of pesticides in this crop were addressed: the mixture of pesticides in tanks, the sensitivity of eucalyptus to pre-emergent herbicides and the assessment of the risk of resistance of Digitaria insularis, through climate modeling. We observed that reports of pesticide mixtures are predominant for additive effects, with 45% of cases, 40% for synergistic effects and only 15% for antagonistic mixtures. In the second chapter, we observed that eucalyptus seedlings were more sensitive to the herbicides indaziflam and glyphosate + S-metolachlor. The sequential application of herbicide and foliar fertilizer reduced the poisoning caused by indaziflam to Clone AEC 056. The foliar fertilizer intensified the symptoms in treatments with clomazine and diuron + sulfentrazone in Clone AEC 144 and with sulfentrazone and diuron + sulfentrazone in Clone AEC 2034. In Regarding the results of the third chapter, it is confirmed that Brazil has high climatic suitability for the occurrence of Digitaria insularis throughout the year, with lower rates in winter, especially in the south of the country. There is a risk of selecting glyphosate-resistant D. insularis biotypes in eucalyptus cultivation areas due to climatic suitability and the expressive use of the same active ingredient.

Keywords
Digitaria insularis;phytotoxicity;plant health;herbicides;modeling;resistance;forestry.

Banca: 5 integrantes