Dissertação/Tese OS PADRÕES DE CRESCIMENTO DIAMÉTRICO E NOVAS PERSPECTIVAS NO MANEJO DE FLORESTAS TROPICAIS - PPGCF

O atual planejamento florestal pode resultar tanto em superexploração quanto em subutilização das espécies florestais, tornando essencial a realização de estudos que correlacionem as métricas de crescimento diamétrico com as características ecológicas das árvores nativas. Esse enfoque oferecerá subsídios para práticas mais sustentáveis e produtivas. Neste contexto, a pesquisa examinou os padrões de crescimento em diferentes grupos ecológicos e espécies, utilizando uma base de dados compostas por 28 inventários contínuos (2009 a 2019) da Floresta Amazônica Brasileira. Foram calculados os incrementos diamétricos, as taxas de crescimentos e as distribuições diamétricas para 5 grupos ecológicos: pioneiras, demandantes de luz, intermediárias, tolerantes à sombra e emergentes. Além disso, essas análises foram aplicadas para 20 espécies: Carapa guianensis Aubl., Dialium guianense Aubl., Dinizia excelsa Duck., Eschweilera coriacea (DC.) S.A. Mori, Inga alba Sw. Willd., Inga marginata Willd., Inga thibaudiana DC., Jacaranda copaia Aubl. D.Don, Laetia procera (Poepp.) Eichler, Lecythis lurida (Miers) S.A. Mori, Lecythis pisonis Cambess., Manilkara huberi (Ducke) A. Chev., Minquartia guianensis Aubl., Nectandra cuspidata Ness, Neea oppositifolia Ruiz & Pav., Ocotea cernua (Nees) Mez, Pseudopiptadenia suaveolens (Miq) J.W. Grimes, Tachigali paniculata Aubl., Tetragastris panamensis (Engl.) Kuntze e Zollernia paraensis Huber. Para os grupos ecológicos as emergentes apresentaram o maior incremento diamétrico, o grupo das demandantes de luz se destacaram por apresentar as taxas de crescimento mais elevadas. As tolerantes à sombra apresentaram os menores valores tanto para a taxa de crescimento, quanto para o incremento diamétrico. Os grupos das pioneiras e das intermediárias demonstraram muitos indivíduos com baixas classes de distribuição diamétrica. Com relação aos padrões diamétricos das 20 espécies estudadas, duas delas, C. guianensis e a T. paniculata, evidenciaram o crescimento mais rápido, enquanto a Z. paraensis demonstrou o crescimento mais lento. As maiores taxas de crescimento diamétrico foram observadas nos indivíduos do gênero Inga. Sugere-se estudos mais aprofundados relacionando as métricas diamétricas com os traços funcionais para obtenção de informações mais detalhes sobre o crescimento diamétrico das espécies amazônicas.

The current forest planning can result in both overexploitation and underutilization of forest species, making it essential to conduct studies that correlate diameter growth metrics with the ecological characteristics of native trees. This approach will provide insights for more sustainable and productive practices. In this context, the research examined growth patterns in different ecological groups and species, using a database comprising 28 continuous inventories (2009 to 2019) of the Brazilian Amazon Forest. Diameter increments, growth rates, and diameter distributions were calculated for 5 ecological groups: pioneers, light-demanding, intermediate, shade-tolerant, and emergent. Additionally, these analyses were applied to 20 species: Carapa guianensis Aubl., Dialium guianense Aubl., Dinizia excelsa Duck., Eschweilera coriacea (DC.) S.A. Mori, Inga alba Sw. Willd., Inga marginata Willd., Inga thibaudiana DC., Jacaranda copaia Aubl. D.Don, Laetia procera (Poepp.) Eichler, Lecythis lurida (Miers) S.A. Mori, Lecythis pisonis Cambess., Manilkara huberi (Ducke) A. Chev., Minquartia guianensis Aubl., Nectandra cuspidata Ness, Neea oppositifolia Ruiz & Pav., Ocotea cernua (Nees) Mez, Pseudopiptadenia suaveolens (Miq) J.W. Grimes, Tachigali paniculata Aubl., Tetragastris panamensis (Engl.) Kuntze e Zollernia paraensis Huber. Among the ecological groups, emergent species showed the highest diameter increment, while light-demanding ones stood out for having the highest growth rates. Shade-tolerant species presented the lowest values for both growth rate and diameter increment. Pioneer and intermediate groups exhibited many individuals with low-diameter distribution classes. Regarding the diameter patterns of the 20 studied species, two of them, C. guianensis and T. paniculata, showed the fastest growth, while Z. paraensis demonstrated the slowest growth. The highest rates of diameter growth were observed in individuals of genus Inga. Further studies are suggested to deepen the relationship between diameter metrics and functional traits to obtain more detailed information on diameter growth in Amazonian species.