Dissertação/Tese CARACTERIZAÇÃO FITOCLIMÁTICA EM DUAS FORMAÇÕES RUPESTRES DO BIOMA CERRADO - PPGCF

Dissertações/Teses

Dissertação/Tese do PPGCF
CARACTERIZAÇÃO FITOCLIMÁTICA EM DUAS FORMAÇÕES RUPESTRES DO BIOMA CERRADO

Discente de mestrado
ANDRE R D C G
Defesa
  • Data: 29/02/2012
  • Hora: 08:00
  • Local: DEF/UFVJM
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  • Resumo
    O clima e o solo tem uma estreita relação com a vegetação de uma determinada localidade. Visando entender melhor essa dinâmica na ambiente do cerrado, este estudo teve como objetivo estudar na região de Diamantina a interação dos elementos climáticos entre fitofisionomias de Campo Rupestre e Cerrado Rupestre e também relacionar as características edáficas e florísticas com o clima. Para análise florística foram alocadas, nos dois ambientes de estudo, 10 parcelas contíguas de 20x50m, totalizando uma amostragem de 10.000 m². Para os elementos climáticos foram utilizados, para caracterizar os ambientes de cerrado, a temperatura, a umidade relativa do ar, a pressão real e de saturação do vapor de água, o déficit de pressão do vapor do ar, a velocidade do vento, a precipitação, a irradiância solar global, e a amplitude térmica. Utilizaram-se para tal os dados obtidos em duas estações meteorológicas automáticas localizadas próximo aos dois ambientes. Empregou-se o Teste-T para analisar a possibilidade de diferença entre médias das variáveis climáticas nos dois ambientes, que atribuirão distribuição normal. Da mesma forma, aplicou-se o teste não paramétrico Kruskal-Wallis para as variáveis climáticas que não conferirão normalidade nos dois ambientes em estudo. Optou-se após essas análises, pelo uso da análise multivariada, para melhor compreensão da distinção microclimática desses dois ambientes. A análise canônica dos componentes principais (PCA) distinguiu o grupo do Campo Rupestre e do Cerrado Rupestre, utilizando-se das mesmas variáveis climáticas que obtiveram significância no Teste-T e no teste Kruskal-Wallis. O primeiro eixo do componente principal explanou a maior variância (67,8%) na qual o ambiente de Campo Rupestre se distingue do Cerrado Rupestre pela PCA principalmente em maior velocidade do vento, menor umidade relativa máxima, menor pressão real e de saturação do vapor de água e menor temperatura máxima e média e menor amplitude térmica. A expressão da vegetação se dá em virtude da combinação de fatores como o nível de rochosidade e profundidade do solo e climáticos, haja vista que as espécies vegetais são diferentes nesses ambientes: apenas sete das espécies se distribuem nos dois locais de estudo. Dessa forma, o Cerrado Rupestre apresenta alguns elementos da flora também presentes no Campo Rupestre, destacando-se o estrato subarbustivo-herbácio. Para a segunda pesquisa, os indivíduos do ambiente de Campo Rupestre foram avaliados quanto à frequência, dominância e densidade. Realizou-se a correlação da densidade das espécies desse ambiente com 9 variáveis químicas e físicas do solo por meio da análise de correspondência canônica (ACC). A maior abundância de indivíduos (I) foi representada pela espécie L. pohlii e foi verificada nas parcelas 6 (com 255 I), 7 (173 I), 8 (189 I), 9 (159 I) e a parcela 1 com 151 I. Verificaram-se nestas parcelas características florísticas e do solo semelhantes, resultando em uma proximidade espacial quando representadas nos diagramas da ACC. A espécie Lychnophora pohlii demonstrou capacidade de existência com maior abundância em microambientes pedológicos favoráveis ao estabelecimento da espécie como estratégia de adaptação às perturbações ambientais. Essa separação se fez com base principalmente nos valores mais elevados de fósforo remanescente, saturação por bases, pH e areia grossa e, por outro lado, os menores valores de H+Al, matéria orgânica e argila.
  • Palavras-chave:
    Formações savânicas;Análise multivariada;Variáveis ambientais.
  • Abstract
    The climate and soil has a close relationship with the vegetation of a particular locality. In order to better understand this dynamic environment of the cerrado, this study aimed to study the region of Diamantina climatic elements of the interaction between physiognomies of Savannah Rupestrian and Field Rupestrian and also relate the soil characteristics and species composition with the weather. For floristic analysis were allocated, in the two study environments, 10 contiguous parcels of 20x50 m, with a total sample of 10,000 m². Soil sampling was done with the collection of 6 simple samples, from 0 to 20cm, forming a composite sample, the ten plots of each environment studied. The level of rockiness was defined as the proportion rock touched on the environment using the scale-Braun Blanquet studied in both environments.The climatic elements used to characterize the Savannah environments were: temperature, relative humidity, the actual pressure and saturated vapor water, the deficit pressure vapor air, wind speed, precipitation, global solar irradiance and temperature range.Were used for such data from the two stations located close to the two automatic environments. We used the t-test to examine the possibility of differences between means of climate variables in the two environments that were normally distributed. Likewise, we applied the nonparametric Kruskal-Wallis test for climatic variables not identified in both normal environments under study. It was decided, after these analyzes, the use of multivariate analysis to better understand the distinction these two climatic environments. The canonical analysis of principal components (PCA) distinguished the group's Field Rupestrian and the Savannah Rupestrian, using the same climate variables that achieved significance in the T-test and Kruskal-Wallis test. The first axis of principal component explain the greatest variance (67.8%) in which the environment Field Rupestrian is distinguished from the Savannah Rupestrian by PCA mainly at higher wind speeds, lower humidity relative maximum, lower actual pressure and saturation vapor water and lower temperature maximum and average and lower temperature range. The expression of the vegetation is due to the combination of climatic and edaphic factors, given the fact that the species are different in these environments. In this way, Savannah rupestrian flora includes some elements also present in the Field rupestrian, especially in the stratum subshrub-herbácio. For the second study, individuals in the environment Field rupestrian were evaluated for frequency, dominance and density. Went conducted the correlation between the density of this species with nine chemical and physical variables of the soil through canonical correspondence analysis (CCA). The greater abundance of individuals (I) of the species L. pohlii was observed in plots 06 (with 255 I), 7 (173 I), 8 (189 I), 9 (I 159) and 1 (151 I). As seen in these parcels characteristics floristic and similar soil, resulting in a spatial proximity when represented in the diagrams of the ACC. The specie Lychnophora pohlii demonstrated the ability of existence with greater abundance in soil microenvironments favorable to the establishment of the specie as a strategy to adapt to environmental perturbations. This separation was made based mainly on higher values of phosphorus balance, saturation, pH and coarse sand, and on the other hand the lowest values of H + Al, organic matter and clay.
  • Keywords:
    Savannah;Multivariate analysis;Environments variables.
  • Banca de defesa

    Presidente
    MARIA JOSÉ HATEM DE SOUZA
  • Nacionalidade: Brasileira
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  • Participante interno
    EVANDRO LUIZ MENDONÇA MACHADO
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  • Participante interno
    MÁRCIO LELES ROMARCO DE OLIVEIRA
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  • Participante externo
    FULVIO C
  • Nacionalidade: Brasileira