Dissertação/Tese Padrões filogenético e fenológico nas interações de Asteraceae com visitantes florais e herbívoros endófagos nos Campos Rupestres da Serra do Espinhaço, Minas Gerais, Brasil - PPGCF

Entender como uma comunidade biológica está estruturada na natureza e quais os fatores responsáveis pela organização é algo extremamente complexo e se trata de um dos esforços mais fundamentais da ecologia. Recentemente as relações filogenéticas foram incorporadas nos estudos de montagem de comunidades, acrescentando a este campo, um arcabouço histórico, além de permitir maior aprofundamento sobre a montagem e estrutura das comunidades e a quantificação de padrões evolutivos relacionados a processos ecológicos. Asteraceae é a maior família de plantas e representa cerca de 10% da flora mundial de angiospermas, suas espécies possuem inflorescências típicas, chamadas capítulos. Este arranjo floral oferece aos herbívoros endófagos recurso alimentar e um local protegido, apresentando uma íntima relação com sua hospedeira e possivelmente com os seus visitantes florais. Os estudos de interações com plantas tendem a acontecer de forma particionada entre os tipos de interação em que sabemos muito pouco sobre os efeitos sincrônicos entre interações concomitantes e de natureza antagônica (e.g. mutualismos e antagonismos). No Brasil, a maior representatividade desta família botânica está localizada nos estados de Minas Gerais e Bahia, onde se localizam vegetações do tipo Campo Rupestre. Os Campos Rupestres estão inseridos nas áreas mais altas de serras, principalmente na Serra do Espinhaço e possuem vegetações características, compostas principalmente por plantas herbáceas e arbustivas. Esta tese está estruturada em dois capítulos, intitulados: i) Fenologia e interações com polinizadores de Asteraceae nos Campos Rupestres não apresentam estruturação filogenética, e ii) Interações multicamadas (mutualistas x flores x antagonistas) em capítulos de Asteraceae no nível de comunidade em campos rupestres megadiversos do brasil.

Understanding how a biological community is structured in nature and what factors are responsible for the organization is extremely complex and is one of the most fundamental efforts in ecology. Recently, phylogenetic relationships have been incorporated into community assembly studies, adding a historical framework to this field, in addition to allowing greater depth on the assembly and structure of communities and the quantification of evolutionary patterns related to ecological processes. Asteraceae is the largest family of plants and represents about 10% of the world flora of angiosperms. Its species have typical inflorescences, called capitulums. This floral arrangement offers endophagous herbivores a food resource and a protected place, presenting an intimate relationship with its host and possibly with its floral visitors. Studies of interactions with plants tend to be partitioned between types of interaction, so that we know very little about the synchronous effects between concomitant and antagonistic interactions (e.g. mutualisms and antagonisms). In Brazil, the largest representation of this botanical family is located in the states of Minas Gerais and Bahia, where vegetation of the Campo Rupestre type is located. Campos Rupestres are located in the highest areas of the mountains, mainly in Serra do Espinhaço and have characteristic vegetation, mainly composed of herbaceous and shrubby plants. This thesis is structured into two chapters, entitled: i) Phenology and interactions with Asteraceae pollinators in Campos Rupestres do not present phylogenetic structuring, and ii) Multilayer interactions (mutualistic x flowers x antagonists) in Asteraceae chapters at the community level in megadiverse rupestrian grasslands from Brazil.