Dissertação/Tese Resistência De Genótipos De Eucalipto A Thyrinteina arnobia E Thaumastocoris peregrinus - PPGCF

O trabalho teve como objetivo estudar a resistência de 11 genótipos de eucalipto (C1 a C11) ao ataque de lagartas de Thyrinteina arnobia, quanto aos mecanismos de antixenose e tolerância. Avaliou-se a não preferência por alimentação da praga às mudas destes materiais genéticos, bem como o grau de tolerância ao ataque. Foi utilizado o delineamento em blocos casualizados (DBC), com 11 tratamentos e 5 repetições, sendo cada uma representada por uma gaiola de criação. Para o teste de não preferência por alimentação, as lagartas foram liberadas no centro de cada gaiola, de forma que pudessem se direcionar, por instinto, rumo às mudas, que ficaram expostas ao ataque dos insetos por 120 horas. Ao fim deste período, analisou-se a atratividade dos insetos pelas mudas dos clones desafiados. Para avaliar as respostas das mudas dos diversos materiais genéticos ao ataque de T. arnobia e determinar, assim, o grau de tolerância aos danos causados, ao finalizar o teste de não preferência para alimentação, os vegetais foram acondicionados em bandejas plásticas para tubetes e posteriormente, armazenados por 45 dias em plataforma de rustificação de viveiro de mudas. Todos os genótipos testados apresentam característica de deterrência à alimentação de T. arnobia, quando comparados ao genótipo controle. Mudas dos genótipos testados, incluindo-se o controle, quando submetidas a condições de rustificação, apresentam característica de tolerância ao ataque de T. arnobia. Consideram-se os genótipos C3 e C8 moderadamente tolerantes, os genótipos C2, C10, C9, C7, C4, C1 e C6 tolerantes e o genótipo C5 altamente tolerante ao ataque de T. arnobia. RESUMO_02 – Thaumastocoris peregrinus é uma das principais pragas exóticas dos plantios de eucalipto no Brasil e, por isso, estratégias de seu manejo devem ser refinadas. O estudo da resistência de eucalipto ao ataque de T. peregrinus é uma alternativa interessante na para a minimização de perdas de produtividade. Este trabalho objetivou estudar o padrão de resistência de 11 clones de eucalipto (C1 a C4, C6 a C12) ao ataque de percevejo bronzeado, avaliando-se aspectos ligados à antixenose e à tolerância destes à praga. Foram analisados a atratividade com livre chance de escolha, atividade alimentar, preferência para oviposição e variação do teor de clorofila total pré e pós ataque de T. peregrinus. Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados, com 11 tratamentos e 5 repetições, sendo cada uma representada por uma gaiola de criação. No início e no fim do ensaio, aferiram-se os teores de clorofila foliar total dos vegetais. Setecentos adultos de T. peregrinus foram liberados ao centro de cada gaiola, dirigindo-se instintivamente às mudas, que ficaram expostas ao ataque por 120 horas. Os clones C1, C11 e C6, apresentam menor atratividade aos adultos de T. peregrinus. C6 e C11 propiciaram menor atividade alimentar da praga. Os clones C8, C9, C6 e C11, tiveram menor variação do teor foliar de clorofila total. O clone C2 apresentou características estimulantes à alimentação de T. peregrinus. Consideram-se os clones C3 e C12 susceptíveis a T. peregrinus. São C1, C2, C4, C7, C8, C9, C10, moderadamente resistentes e C6 e C11 são considerados resistentes à praga.

The objective of this work was to study the resistance of 11 eucalyptus genotypes (C1 to C11) to the attack of T. arnobia caterpillars, in relation to antixenosis and tolerance mechanisms. It was evaluated the non-preference for feeding of the pest to the seedlings of these genetic materials, as well as the degree of tolerance to the attack. A randomized complete block design (DBC) was used, with 11 treatments and 5 replications, each one represented by a breeding cage. For the non-feed preference test, the caterpillars were released in the center of each cage, so that they could instinctively direct towards the seedlings, which were exposed to insect attack for 120 hours. At the end of this period, the attractiveness of the insects was analyzed by the seedlings of the challenged clones. In order to evaluate the responses of the different genetic material to the attack of T. arnobia and to determine the degree of tolerance to the damages caused, at the end of the test of non-preference for feeding, the vegetables were packed in plastic trays for tubes and later , stored for 45 days in a nursery nursery platform. All genotypes tested presented a characteristic of detergency to the feeding of T. arnobia, when compared to the control genotype. Seedlings of the genotypes tested, including the control, when submitted to conditions of rustification, present a characteristic of tolerance to the attack of T. arnobia. The genotypes C3 and C8 are moderately tolerants, the genotypes C2, C10, C9, C7, C4, C1 and C6 tolerant and the genotype C5 highly tolerant to the attack of T. arnobia. Abstract_02_Thaumastocoris peregrinus is one of the main exotic pests of eucalyptus plantations in Brazil and, therefore, management strategies must be refined. The study of eucalyptus resistance to the attack of T. peregrinus is an interesting alternative in order to minimize productivity losses. The objective of this work was to study the resistance pattern of 11 eucalyptus clones (C1 to C4, C6 to C12) to the attack of bronze bugs, evaluating aspects related to the antixosis and their tolerance to the pest. The attractiveness with free choice, food activity, preference for oviposition and variation of the total chlorophyll content pre and post attack of T. peregrinus were analyzed. A randomized block design was used, with 11 treatments and 5 replicates, each one represented by a breeding cage. At the beginning and at the end of the test, the total leaf chlorophyll content of the plants was measured. Seven hundred adults of T. peregrinus were released to the center of each cage, instinctively turning to the seedlings, which were exposed to the attack for 120 hours. Clones C1, C11 and C6 are less attractive to adults of T. peregrinus. C6 and C11 provided lower pest activity. Clones C8, C9, C6 and C11 had lower leaf chlorophyll content. Clone C2 presented stimulatory characteristics to T. peregrinus feeding. Clones C3 and C12 susceptible to T. peregrinus are considered. They are C1, C2, C4, C7, C8, C9, C10, moderately resistant and C6 and C11 are considered resistant to the pest.