Dissertação/Tese do PPGCF
USO DE ESPÉCIES FLORESTAIS PARA A FITORREMEDIAÇÃO DE SOLOS CONTAMINADOS POR HERBICIDAS
Discente de doutorado Ver currículo Lattes Ver página pessoal Data: 14/03/2019 Hora: 08:00 Local: DEF/UFVJM
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CÁSSIA MICHELLE CABRAL
Defesa
ResumoPalavras-chave:
O ser humano opera diretamente nas alterações do ambiente. Para sua permanência no planeta foi imprescindível a procura por alternativas que viabilizem a eficiência na produção de alimentos, e o desenvolvimento de tecnologias capazes de tornar a vida mais confortável. No intuito de manter uma relação proporcional entre a produção agrícola e a demanda da população, foram necessárias transformações nas técnicas de plantio, com o fim, entre outros, de minimizar as perdas na produção. A utilização de moléculas herbicidas em mistura e até mesmo a aplicação sequencial de herbicidas em um único ciclo de culturas, para o máximo de controle das invasoras tornou-se prática habitual. Neste sentido, mesmo adotando-se todos os cuidados com a escolha do produto e adequada tecnologia de aplicação, o uso destes agroquímicos gera resíduos capazes de contaminar solo, água e ar. Dentre os herbicidas mais utilizados estão, 2,4-D, atrazine, diuron e hexazinona, todos com relatos de contaminação ambiental, notadamente pelo deslocamento via água. De acordo com a problemática apresentada objetivou-se com este trabalho verificar a tolerância a herbicidas, de cinco espécies florestais nativas: Inga vera Willd (Fabaceae), Calophyllum brasiliense Cambess (Calophyllaceae), Tapirira guianensis Aubl. (Anacardiaceae), Senna macranthera (DC. ex Collad.) H. S. Irwin Barneby (Fabaceae) e Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart (Bignoniaceae), por meio de avaliações de crescimento, intoxicação, análises anatômicas e fisiológicas, assim como verificar a capacidade remediadora. Foi utilizado o delineamento em blocos ao acaso com quatro repetições, sendo o experimento conduzido em campo durante três anos em unidades de contenção com capacidade para 210 dm3, cada. Foram realizadas 3 aplicações dos herbicidas 2,4-D, atrazine e a mistura hexazinone +diuron, por simulação da contaminação de lençol freático. Cada aplicação correspondeu a meia dose comercial do composto por hectare totalizando, para cada herbicida, 150% da dose média recomendada. Tais aplicações foram efetuadas a partir do vigésimo oitavo mês de desenvolvimento das plantas, iniciando-se pelo 2,4-D, após 60 dias, atrazine e após 60 dias, a mistura diuron + hexazinone. Aos 59 dias após a primeira aplicação de cada herbicida foram avaliados a altura da planta, o diâmetro do caule e o número de folhas. Adicionalmente foi verificado modificações anatômicas advindas da exposição aos herbicidas, além de análises fisiológicas: fluorescência da clorofila “a” e aferições em relação as trocas gasosas. Ao final de 40 meses avaliou-se a capacidade remediadora das espécies arbóreas por meio de análises cromatográficas do solo, material vegetal e água residual provenientes das unidades amostrais, para detecção do resíduo. Inga vera e C. brasiliense apresentaram sensibilidade a mistura 2,4-D + atrazine. Tapirira guianensis foi tolerante a mistura 2,4-D + atrazine, S. macranthera e C. antisyphilitica foram tolerantes à aplicação sequencial dos herbicidas. Senna macranthera se destaca como fitorremediadora dos herbicidas 2,4-D e atrazine, tolerando e reduzindo a quantidade de resíduo presente no solo, no entanto esta espécie é somente tolerante a mistura 2,4-D+atrazine+ hexazinona +diuron. Cybistax. antisyphilitica tolerou e fitorremediou o solo com a mistura de herbicidas, reduzindo os resíduos, mesmo com sintomas de intoxicação.
Biorremediação;Espécies Arbóreas;Fluorescência da Clorofila “a”;Cromatografia;Anatomia vegetal
AbstractKeywords:
Human beings operate directly on changes in the environment. In order to remain on the planet, it was essential to search for alternatives that enable efficiency in food production, and the development of technologies capable of making life more comfortable. In order to maintain a proportional relationship between agricultural production and population demand, changes in planting techniques were necessary, in order, inter alia, to minimize losses in production. The use of herbicidal molecules in blending and even the sequential application of herbicides in a single crop cycle, for maximum control of the invasives has become standard practice. In this sense, even taking care with the choice of product and appropriate application technology, the use of these agrochemicals generates residues capable of contaminating soil, water and air. Among the most used herbicides are 2,4-D, atrazine, diuron and hexazinone, all with reports of environmental contamination, notably by water displacement. According to the presented problem, this study aimed to verify the tolerance, through growth, intoxication, anatomical and physiological analyzes, as well as to verify the remedial capacity of five native forest species: Inga vera Willd (Fabaceae) Calophyllum brasiliense Cambess (Calophyllaceae), Tapirira guianensis Aubl. (Anacardiaceae), Senna macranthera (DC, ex Collad.) HS Irwin Barneby (Fabaceae) and Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart (Bignoniaceae). A randomized block design with four replications was used, the experiment being conducted in the field during three years in containment units with a capacity of 210 dm3, each. Three applications of the herbicides 2,4-D, atrazine and the hexazinone + diuron mixture were carried out by simulation of groundwater contamination. Each application corresponded to the commercial half dose of the compound per hectare totaling, for each herbicide, 150% of the recommended average dose. These applications were carried out from the twenty-eighth month of plant development, starting at 2,4-D, after 60 days, atrazine and after 60 days, the diuron + hexazinone mixture. At 59 days after the first application of each herbicide were evaluated plant height, stem diameter and number of leaves. In addition, it was verified anatomical changes from exposure to herbicides, as well as physiological analyzes: chlorophyll a fluorescence and gaseous exchange measurements. At the end of 40 months the remediation capacity of the tree species was evaluated by means of chromatographic analyzes of the soil, vegetal material and residual water from the sample units, to detect the residue. I. vera and C. brasiliense showed sensitivity to the 2,4-D + atrazine mixture. T. guianensis was tolerant to the mixture 2,4-D + atrazine, S. macrantherae C. antisyphilitica were tolerant to the sequential application of the herbicides. S. macranthera stands out as a phytoremediate of the herbicides 2,4-D and atrazine, tolerating and reducing the amount of residue present in the soil, however this species is only tolerant to the mixture 2,4-D + atrazine + hexazinone + diuron. C. antisyphilitica tolerated and soil phytoremediation with herbicide blending, reducing residues, even with intoxication symptoms
Bioremediation;Arboreal Species;Fluorescence of Chlorophyll "a";Chromatography;Plant anatomy
Banca de defesa
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ISRAEL MARINHO PEREIRA
Participante externoNacionalidade: Brasileira Ver currículo Lattes Ver página pessoal
DAYANA MARIA TEODORO FRANCINO
Participante externoNacionalidade: Brasileira
Fabiane N d C
Participante externoNacionalidade: Brasileira
Fábio R P