Dissertação/Tese do PPGCN
A DEPRESSÃO É FATOR DE RISCO PARA SÍNDROME METABÓLICA EM PARTICIPANTES DA COORTE DE UNIVERSIDADES MINEIRAS?
Discente de mestradoData: 30/08/2024 Hora: 14:00 Local: Laboratório de Educação Alimentar e Nutricional - Departamento de Nutrição
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Patrícia C F
Defesa
ResumoPalavras-chave:
Depressão e síndrome metabólica tem sido transtornos comuns na atualidade. A depressão tem sido também associada à síndrome metabólica (SM), no entanto, poucos estudos tem verificado se o consumo de alimentos in natura e minimamente processados (AIMP) media esta relação. Considerando estes aspectos este estudo tem como objetivo avaliar a associação entre depressão e incidência de SM nos participantes da Coorte de Universidades Mineiras (CUME), Brasil e verificar se o consumo de energia de AIMP media esta associação. Trata-se de um estudo prospectivo com participantes da CUME livres de SM na linha de base e que estão sendo acompanhados na CUME. Para verificar se a depressão no baseline é fator de risco para incidência de SM ao longo do seguimento da coorte foi realizada análise longitudinal com Estimação de Equação Generalizada, e esta análise foi ajustada por variáveis sociodemográficas e de estilo de vida e consumo alimentar. A análise para verificar se o consumo de AIMP media a relação entre depressão e SM foi realizada análise de mediação pelo método contrafactual. Participaram do estudo um total de 3.538 pessoas. A prevalência de depressão no baseline foi de 12,7% e a incidência de SM ao longo do seguimento de 5,2%. A análise longitudinal do efeito da depressão na incidência da SM indicou que: Modelo 1, ajustado para idade e sexo, os participantes com depressão apresentaram risco 59% maior de adquirirem SM ao longo do seguimento (OR=1,59; p-valor=0,011). Modelo 2, ajustado pelas variáveis relacionadas ao estilo de vida apresentou tendência de associação (OR=1,43; p-valor=0,054) e Modelo 3, ajustado para todas as variáveis estudadas, que aqueles que iniciaram o estudo com depressão apresentaram risco 47% maior de adquirirem SM ao longo do seguimento (OR=1,47; p-valor=0,039). A análise de mediação mostrou que apenas 3,2% do efeito total da associação entre depressão e SM são explicados pelo consumo de energia de AIMP, e mesmo assim sem significação estatística, indicando que o consumo de energia de AIMP não está mediando esta relação. Os resultados deste estudo indicam que ter depressão no baseline favoreceu maior incidência de SM entre os participantes do CUME ao longo dos seis anos de acompanhamento. Os resultados reforçam a importância de identificar e tratar a depressão para prevenir a SM e demais doenças crônicas não transmissíveis comuns nesta coorte.
Depressão; Síndrome metabólica; Estudo de incidência. Classificação NOVA.
AbstractKeywords:
Depression and metabolic syndrome have been common disorders today. Depression has also been associated with metabolic syndrome (MS); however, few studies have verified whether the consumption of natural and minimally processed foods (MPF) mediates this relationship. Considering these aspects, this study aims to evaluate the association between depression and the incidence of MS in participants of the Cohort of Minas Gerais Universities (CUME), Brazil, and to verify whether the energy intake of MPF mediates this association. This is a prospective study with CUME participants free of MS at baseline and who are being followed at CUME. To verify whether depression at baseline is a risk factor for the incidence of MS throughout the follow-up of the cohort, a longitudinal analysis with Generalized Equation Estimation was performed, and this analysis was adjusted for sociodemographic and lifestyle variables and food consumption. The analysis to verify whether the consumption of MPF mediates the relationship between depression and MS was performed by mediation analysis using the counterfactual method. A total of 3,538 people participated in the study. The prevalence of depression at baseline was 12.7% and the incidence of MS during follow-up was 5.2%. The longitudinal analysis of the effect of depression on the incidence of MS indicated that: Model 1, adjusted for age and sex, participants with depression had a 59% higher risk of acquiring MS during follow-up (OR=1.59; p-value=0.011). Model 2, adjusted for variables related to lifestyle, showed a trend of association (OR=1.43; p-value=0.054) and Model 3, adjusted for all variables studied, showed that those who started the study with depression had a 47% higher risk of acquiring MS during follow-up (OR=1.47; p-value=0.039). The mediation analysis showed that only 3.2% of the total effect of the association between depression and MS is explained by the energy consumption of AIMP, and even then, without statistical significance, indicating that the energy consumption of AIMP is not mediating this relationship. The results of this study indicate that having depression at baseline favored a higher incidence of MS among CUME participants over the six years of follow-up. The results reinforce the importance of identifying and treating depression to prevent MS and other common chronic noncommunicable diseases in this cohort.
Depression; Metabolic syndrome; Incidence study. NOVA classification.
Banca de defesa
PresidenteNacionalidade: Brasileira Ver currículo Lattes Ver ORCID Ver página pessoal
Luciana Neri Nobre
Participante internoNacionalidade: Brasileira Ver currículo Lattes Ver ORCID Ver página pessoal
ELIZABETHE ADRIANA ESTEVES
Participante externoNacionalidade: Brasileira
Daniele F d S