Dissertação/Tese DOSES E FONTES DE FÓSFORO NO CRESCIMENTO E FISIOLOGIA DE MUDAS DE CAFÉ PRODUZIDAS EM TUBETES - PPGPV

Um dos fatores que oneram os custos de produção de mudas de café é a adubação. O uso de fertilizantes de liberação controlada é uma alternativa para produção comercial de mudas produzidas em tubetes com substrato comercial com baixa CTC. Assim, objetivou-se avaliar o crescimento e respostas fisiológicas de mudas de café arábica produzidas em tubetes e submetidas a diferentes doses e fontes de fósforo. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, em delineamento de blocos ao acaso, com onze tratamentos e quatro repetições, e com três plantas por parcela. Utilizou-se substrato comercial e tubetes de 100 mL, previamente lavado e a cultivar Mundo Novo IAC 379, de porte alto. Os tratamentos constituíram nas adubações fosfatadas com Osmocote, organomineral peletizado e farelado nas doses de 4, 8 e 12 g/dm³, MAP, MAP revestido, Superfosfato Simples + Ureia e testemunha (sem adubação). Após 180 dias do transplantio avaliou-se o crescimento, os índices de qualidade e fisiológicos das mudas, o teor de fósforo foliar e de clorofila a e b, clorofila total e teor de fósforo lixiviado do substrato. Os maiores teores de matéria seca, relação parte aérea/sistema radicular e índice de qualidade de Dickson foram observados para a adubação com o organomineral na dose de 4 g/dm³ de P2O5, o osmocote e o MAP revestido. Em relação as respostas fisiológicas, a adubação com o organomineral na dose de 4 g/dm³ de P2O5, o osmocote e o MAP revestido foram capazes de alocar maior quantidade de fotoassimilados para as raízes, além de reduzir as perdas de fósforo por lixiviação. De acordo com as equações ajustadas em função das doses do organomineral peletizado e farelado, a dose que maximiza o crescimento e a qualidade das mudas de café é de aproximadamente 6 g/dm³ de P2O5. Diante disso, conclui-se que as adubações utilizando organomineral peletizado e farelado e o MAP revestido obtiveram resultados semelhantes quando comparado ao Osmocote, viabilizando o uso para produção de mudas de café em tubetes.

One of the factors that burden coffee seedling production costs is fertilization. The use of controlled release fertilizers is an alternative for commercial production of seedlings produced in low CTC commercial substrate tubes. Thus, the objective was to evaluate the growth and physiological responses of arabica coffee seedlings grown in tubes and submitted to different doses and sources of phosphorus. The experiment was carried out in a greenhouse in a randomized block design with eleven treatments and four replications and three plants per plot. Commercial substrate and previously washed 100 ml tubes were used and the cultivar Mundo Novo IAC 379 was large. The treatments consisted of phosphate fertilizers with Osmocote, pelleted organomineral and bran in doses of 4, 8 and 12 g / dm³, MAP, coated MAP, Simple Superphosphate + Urea and control (without fertilization). After 180 days of transplantation, seedling growth, quality and physiological indices, leaf phosphorus and chlorophyll a and b content, total chlorophyll and substrate leached phosphorus content were evaluated. The highest contents of dry matter, shoot / root system ratio and Dickson quality index were observed for fertilization with organomineral at a dose of 4 g / dm³ of P2O5, osmocote and coated MAP. Regarding the physiological responses, the fertilization with the organomineral at a dose of 4 g / dm³ of P2O5, the osmocote and the coated MAP were able to allocate larger amount of photoassimilates to the roots, besides reducing the phosphorus losses by leaching. According to the equations adjusted for pelleted and branched organomineral doses, the dose that maximizes growth and quality of coffee seedlings is approximately 6 g / dm³ of P2O5. Therefore, it can be concluded that fertilization using pelleted and branched organomineral and coated MAP obtained similar results when compared to Osmocote, making it possible to use coffee seedlings in tubes.