Dissertação/Tese do PPGPV
AVALIAÇÃO DE PLANTAS FORRAGEIRAS TROPICAIS SOB SOMBREAMENTOS NO OUTONO E INVERNO
Discente de mestrado Ver currículo Lattes Ver página pessoal Data: 18/02/2020 Hora: 14:30 Local: Auditório do Departamento de Zootecnia
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CLAUDIA EDUARDA BORGES
Defesa
ResumoPalavras-chave:
Os sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta, também conhecidos como
agrossilvipastoris, podem contribuir positivamente para os sistemas de produção animal e são
alternativas eficientes de uso da terra na recuperação de áreas degradadas. No entanto, a
tolerância de gramíneas e leguminosas ao sombreamento depende da sua capacidade
morfofisiológica para se adaptar a determinado nível de radiação, conhecido como plasticidade
fenotípica. O objetivo com este trabalho foi avaliar o comportamento de quatro cultivares de
plantas forrageiras tropicais sob diferentes níveis de sombreamento e manejadas a 95% de
interceptação luminosa (IL), ao longo do outono e inverno de 2019. Foram realizados quatro
experimentos com quatro espécies forrageiras tropicais: Brachiaria spp. cv. Mavuno (capimmavuno), Panicum maximum Jack cv. BRS Zuri (capim-zuri), Panicum maximum cv. BRS
Tamani (capim-tamani) e Arachis pintoi cv. Amarillo (amendoim forrageiro). Cada
experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado (DIC), com seis
repetições, submetidos aos níveis de sombreamento artificial de 47% com radiação
fotossintéticamente ativa (RFA) de 353 μmol m-2
s
-1
, de 64% com RFA de 242 μmol m-2
s
-1
, 74%
com RFA de 172 μmol m-2
s
-1
e o tratamento controle com as plantas cultivadas sem
sombreamento, com RFA de 668 μmol m-2
s
-1
. As plantas foram mantidas sob regime de corte
ao atingir 95% de IL. Durante o experimento foram realizadas avaliações morfogênicas para
determinação das variáveis-respostas: taxa de aparecimento foliar, filocrono, taxa de
alongamento foliar, taxa de senescência foliar, duração de vida da folha, taxa de alongamento
do colmo/caule para todas as forrageiras e também a taxa de alongamento em largura e taxa de
alongamento do pecíolo para o amendoim forrageiro. Antes do corte também foram realizadas
as avaliações estruturais, referentes ao número de folhas vivas por perfilho, comprimento final
da folha e do colmo ou caule, altura final das plantas, o índice de área foliar, densidade de
perfilhos e o peso médio dos perfilhos. Também foram realizadas análises fisiológicas
referentes aos teores de clorofila a e b, taxa fotossintética, condutância estomática, taxa
transpiratória, eficiência no uso da água e temperatura da folha. Posteriormente, após o corte
foi determinada a composição morfológica (proporção de folhas, colmo ou caule, material
senescente e inflorescência) e a produção de massa seca total de cada espécie forrageira sob os
diferentes níveis de sombreamento. Todos os dados foram analisados no programa estatístico
Statistical Analysis System - SAS 9.1. As médias das características morfogênicas,
morfofisiológicas e produtivas foram submetidas à análise de variância e posteriormente à
análise de regressão linear e quadrática a 5% de probabilidade. O capim-mavuno apresentou
adaptação aos sombreamentos de 47%, 64% e 74% ao longo do outono e inverno, visto que a
produção de massa seca não diminuiu mesmo com a restrição luminosa imposta pelos níveis de
sombreamentos nas plantas e houve aumentos no índice de área foliar, na proporção de folhas,
no teor de clorofila a e b e na taxa fotossintética nos sistemas sombreados. O capim-zuri
apresenta alta adaptação ao sombreamento de 64%, visto que nesta condição houve maior
produção de massa seca, maiores proporções de folhas e da taxa de aparecimento foliar e
aumentos nos teores de clorofila que consequentemente proporcionaram maiores taxas
fotossintéticas sob este nível de sombreamento. O capim-tamani apresentou grande tolerância
aos sombreamentos de 47% e 64%, aumentando a produção de massa seca, a taxa fotossintética,
a clorofila a e b, a taxa de aparecimento foliar, a proporção de folhas e a relação folha/colmo
da composição morfológica, quando comparado as plantas sem sombreamento. Foi verificado
também que o capim-tamani pode ser sombreado em até 74% sem reduzir a produção em
comparação com as plantas que crescem sem sombreamento. O amendoim forrageiro
apresentou grande adaptação ao sombreamento a 47%, aumentando a produção de massa seca,
a taxa fotossintética, a proporção de folhas e a relação folha/ caule quando comparado as plantas
sem sombreamento e com sombreamento de 64 e 74%. Com isso o capim-tamani quando
comparado com outros capins, apresenta maior adaptação aos diferentes níveis de
sombreamento durante a estação outono e inverno, seguido pelo capim zuri e o capim mavuno.
Já a leguminosa amendoim forrageiro durante a estação outono e inverno, apresenta tolerância
a baixos níveis de sombreamento.
Intercepção luminosa; Fluxo de tecidos; Fotossíntese; Luz; Silvipastoril; Agrossilvipastoril
AbstractKeywords:
The crop-livestock-forest integration systems, also known as agrosilvipastoris, can contribute
positively to animal production systems and are efficient alternatives for land use in the
recovery of degraded areas. However, the tolerance of grasses and legumes to shading depends
on their morphophysiological capacity to adapt to a certain level of radiation, known as
phenotypic plasticity. The objective of this work was to evaluate the behavior of four cultivars
of tropical forage plants under different levels of shading and managed at 95% light interception
(IL), throughout the fall and winter of 2019. Four experiments were carried out with four forage
species tropical: Brachiaria spp. cv. Mavuno (mavuno grass), Panicum maximum Jack cv. BRS
Zuri (zuri grass), Panicum maximum cv. BRS Tamani (tamani grass) and Arachis pintoi cv.
Amarillo (forage peanut). Each experiment was carried out in a completely randomized design
(DIC), with six replications, subjected to artificial shading levels of 47% with
photosynthetically active radiation (RFA) of 353 μmol m-2
s
-1
, 64% with RFA of 242 μmol m2
s
-1
, 74% with RFA of 172 μmol m-2
s
-1
and the control treatment with plants grown without
shading, with RFA of 668 μmol m-2
s
-1
. The plants were kept under a cutting regime when
reaching 95% IL. During the experiment, morphogenic evaluations were performed to
determine the response variables: leaf appearance rate, phyllochron, leaf elongation rate, leaf
senescence rate, leaf life duration, stem / stem elongation rate for all forages and also the rate
of elongation in width and the rate of elongation of the petiole for forage peanut. Before cutting,
structural evaluations were also carried out, referring to the number of live leaves per tiller,
final length of the leaf and stem or stem, final height of the plants, the leaf area index, tiller
density and the average weight of tillers. Physiological analyzes were also carried out regarding
the levels of chlorophyll a and b, photosynthetic rate, stomatal conductance, transpiratory rate,
water use efficiency and leaf temperature. Subsequently, after cutting, the morphological
composition (proportion of leaves, stem or stem, senescent material and inflorescence) and the
production of total dry mass of each forage species were determined under the different levels
of shading. All data were analyzed using the statistical program Statistical Analysis System -
SAS 9.1. The means of the morphogenic, morphophysiological and productive characteristics
were subjected to analysis of variance and subsequently to the analysis of linear and quadratic
regression at 5% probability. The mavuno grass showed adaptation to the shading of 47%, 64%
and 74% throughout autumn and winter, since the production of dry mass did not decrease even
with the light restriction imposed by the levels of shading in the plants and there were increases
in the index leaf area, leaf proportion, chlorophyll content a and b and photosynthetic rate in
shaded systems. Zuri grass has a high adaptation to shading of 64%, since in this condition there
was greater production of dry mass, higher proportions of leaves and the rate of leaf appearance
and increases in chlorophyll contents which consequently provided higher photosynthetic rates
under this level of shading. Tamani grass showed great tolerance to shading of 47% and 64%,
increasing dry mass production, photosynthetic rate, chlorophyll a and b, leaf appearance rate,
leaf proportion and leaf / stem ratio of the morphological composition, when compared to plants
without shading. It was also found that tamani grass can be shaded by up to 74% without
reducing production compared to plants that grow without shading. Forage peanuts showed
great adaptation to shading at 47%, increasing the dry matter production, the photosynthetic
rate, the proportion of leaves and the leaf / stem ratio when compared to plants without shading
and with shading of 64 and 74%. As a result, tamani grass, when compared to other grasses,
shows greater adaptation to different levels of shade during the autumn and winter season,
followed by zuri grass and mavuno grass. The forage peanut legume during the autumn and
winter season, tolerates low levels of shading.
Luminous interception; Flow of tissues; Photosynthesis; Light; Silvipastoril; Agrossilvipastoril
Banca de defesa
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CAROLINE SALEZZI BONFA
Participante externoNacionalidade: Brasileira Ver currículo Lattes Ver página pessoal
LEANDRO DIEGO DA SILVA
Participante externoNacionalidade: Brasileira
Márcia C T d S
Participante externoNacionalidade: Brasileira Ver currículo Lattes Ver ORCID Ver página pessoal
THIAGO GOMES DOS SANTOS BRAZ