Dissertação/Tese do PPGPV
ORIGEM E EVOLUÇÃO FITOGEOGRÁFICA DOS CAPÕES DE MATA ASSOCIADOS AOS ECOSSISTEMAS DE TURFEIRAS DA SERRA DO ESPINHAÇO MERIDIONAL - MG
Discente de doutorado Ver currículo Lattes Ver página pessoal Data: 17/08/2021 Hora: 08:00 Local: on-line
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THAMYRES SABRINA GONÇALVES
Defesa
ResumoPalavras-chave:
O objetivo foi compreender a dinâmica evolutiva dos Capões na paisagem. Estes
conhecimentos podem subsidiar estratégias de conservação dos ecossistemas de
turfeiras de montanhas tropicais e mostram como diferentes elementos interagem na
formação da paisagem. Etapas da pesquisa: a) vegetação: caracterização florística,
fitogeográfica, fenológica, coleção de referência de fitólitos; b) solo: deposição de
serrapilheira, análises isotópicas de 13C e 15N, fitólitos, datações por 14C, caracterização
morfológica e geoquímica. O estudo foi realizado em quatro Capões, dois em um
ecossistema de turfeira no distrito de Pinheiro (Diamantina -MG), no limite com o
Parque Estadual do Biribiri, e outros dois em um ecossistema de turfeira da nascente do
Rio Preto, em uma superfície de aplainamento conhecida como Chapadão do Couto, no
Parque Estadual do Rio Preto (São Gonçalo do Rio Preto – MG), onde as altitudes são
de 1.240 e 1.600 m respectivamente. Em cada área foram estudados dois Capões, um
inserido totalmente dentro da turfeira e outro na transição para o Campo Limpo Seco.
Os resultados mostram que a vegetação possui uma estrutura diferente em cada Capão,
com variações na intensidade da deposição de serrapilheira e diferenças no processo de
dispersão de sementes. Apresentam composição florística que inclui espécies de Mata
Atlântica, Cerrado e Floresta Amazônica, majoritariamente de fitofisionomias de
florestas estacionais disjuntas do domínio tropical atlântico. Algumas espécies
produzem fitólitos e nunca haviam sido estudadas sobre essa produção. As análises
isotópicas de δ
13C na matéria orgânica do solo sugerem que a vegetação na zona de
fluxo hídrico superficial dos ecossistemas de turfeira aparentemente sempre foi mais
arborizada, com maior contribuição de plantas C3
, com ciclos de expansão e retração
dos Capões, evidenciados pela variação na contribuição de plantas C4
no sinal isotópico
da MOS. Os teores de δ
15N sugerem que o lençol freático passou por muitas oscilações,
tornando os Capões ora mais ora menos influenciados por ele. A morfologia dos
testemunhos mostrou a existência de processos de acúmulo de matéria orgânica e
sedimentação de material mineral distintos em todos os Capões, ao que se supõe
bastante influenciados pela posição pedogeomorfológica de cada Capão.
solo; vegetação, paisagem; paleobotânica; multi-proxyies
AbstractKeywords:
The objective was to comprehend the evolutionary dynamics of copses in the landscape
from a pedological and phytogeographic standpoint. This understanding can support
conservation strategies for tropical mountain peatland ecosystems and demonstrate how
different elements interact to form the landscape. Steps for conducting the research: a)
vegetation: floristic, phytogeographic, and phenological characterization, as well as
phytolith reference collection; b) soil: litter deposition, isotopic analysis of 13C and 15N,
phytoliths, 14C dating, morphological, and geochemical characterization. The research
was conducted in four copses, two in a peatland ecosystem in the district of Pinheiro
(Diamantina – MG), on the border around the Biribiri State Park, and two others in a
peatland ecosystem at the source of Rio Preto, on a surface known as Chapado do
Couto, in the Rio Preto State Park (São Gonçalo do Rio Preto – MG), at altitudes of
1,240 and 1,600 m. Two copses were studied in each area, one entirely within the
peatland area and the other in the transition to Campo Limpo Seco. The results show
that the vegetation in each copse has a different structure, with variations in the intensity
of litter deposition and differences in the seed dispersal process. They present a floristic
composition that includes species from the Atlantic Forest, Cerrado, and Amazon
Forest, mostly from seasonal forest phytophysiognomies of the tropical Atlantic
domain. Some species produce phytoliths and had never been studied about this
production. Isotopic analyses of 13C in soil organic matter (SOM) indicate that
vegetation in the peatland ecosystems' surface water flow zone has always been more
wooded., with greater contribution from C3 plants, and copse expansion and retraction
cycles, as evidenced by variation in the contribution of C4 plants to the SOM isotopic
fingerprint. The 15N contents of the MOS reveal that the water table went through many
oscillations, making the copses more and less influenced by it at times. The morphology
of the cores revealed the presence of distinct processes of organic matter accumulation
and mineral material sedimentation in all copses, which are thought to be heavily
influenced by the pedogeomorphological position of each copse
soil; vegetation; landscape; paleoecology; paleobotany; multi-proxies.
Banca de defesa
PresidenteNacionalidade: Brasileira Ver currículo Lattes Ver ORCID Ver página pessoal
ALEXANDRE CHRISTÓFARO SILVA
Participante internoNacionalidade: Brasileira Ver currículo Lattes Ver página pessoal
CARLOS VICTOR MENDONÇA FILHO
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PAULO HENRIQUE GRAZZIOTTI
Participante externoNacionalidade: Brasileira
Márcia R C
Participante externoNacionalidade: Brasileira Ver currículo Lattes Ver página pessoal
UIDEMAR MORAIS BARRAL