Dissertação/Tese TOLERÂNCIA DE GRAMÍNEAS TROPICAIS EM SOLO CONTAMINADO COM MANGANÊS - PPGPV

A fitorremediação é uma técnica com alta viabilidade devido seu baixo custo e mínimo impacto ambiental. No entanto, há poucos resultados quanto ao uso de gramíneas tropicais na fitorremediação de manganês (Mn), assim como, não há definição sobre qual extrator é mais adequado para avaliar a disponibilidade do Mn nos solos. O objetivo deste estudo foi avaliar o crescimento de gramíneas tropicais em solo contaminado com Mn e analisar a disponibilidade de Mn no solo. As gramíneas avaliadas foram as cultivares ‘Aruana’ e ‘Tanzânia’ de Megathyrsus maximus, as ‘Xaraés’ e ‘Marandu’ de Urochloa brizantha e Basilisk de Urochloa decumbens crescidas em LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO distrófico adicionado de 0, 50, 150 e 450 mg de Mn por kg-1 de solo. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, e o delineamento experimental foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 5x4, com três repetições. O período experimental foi de 90 dias, com início após o corte de uniformização das plantas e foi avaliado a matéria seca da parte aérea e das raízes das gramíneas. A concentração de Mn na matéria seca e disponível no solo foram extraídos por Mehlich-1 e DTPA pH 7,3, enquanto o teor semitotal determinado pelo USEPA 3051 e total de Mn pelo método USEPA 3052. As gramíneas tropicais tiveram seu crescimento reduzido com o aumento das doses de Mn no solo, havendo uma redução média para maior dose de 72 % para ‘Aruana’, 73 % para ‘Basilisk’, 79 % para ‘Marandu’, 93 % para ‘Xaraés’ e 95 % para ‘Tanzânia’. A cultivar ‘Aruana’ apresentou maior potencial para fitoextração devido sua maior capacidade de acumular o Mn em sua biomassa, seguido pela cv. ‘Basilisk’. Os quatro diferentes extratores utilizados foram eficientes para mensurar as concentrações de Mn no solo, com maiores níveis críticos toxidez de Mn para os métodos USEPA 3051 em função do caráter de extração semitotal, e USEPA 3052 devido à extração total de Mn.

Phytoremediation is a highly viable technique due to its low cost and minimal environmental impact. However, there are few results regarding the use of tropical grasses in manganese (Mn) phytoremediation, as well as there is no definition on which extractor is more suitable to assess the availability of Mn in soils. The objective of this study was to evaluate the growth of tropical grasses in soil contaminated with Mn and to analyze the Mn availability in the soil. The evaluated grasses were cultivars 'Aruana' and 'Tanzania' of Megathyrsus maximus, 'Xaraés' and 'Marandu' of Urochloa brizantha and 'Basilisk' of Urochloa decumbens grown in Typic Hapludox (Oxisol) with 0, 50, 150 and 450 mg of Mn per kg-1 of soil. The experiment was carried out in a greenhouse, and the experimental design was completely randomized in a 5x4 factorial scheme, with three replications. The experimental period was 90-days, starting after the uniformization cut of the plants and the dry matter of the shoot and roots of the grasses was evaluated. The Mn concentration in dry matter and available in the soil were extracted by Mehlich-1 and DTPA pH 7.3, while the semi-total concentration determined by USEPA 3051 and total Mn by the USEPA 3052 method. Tropical grasses had their growth reduced with the increasing Mn rates in the soil, with an average reduction for the highest rate of 72 % for 'Aruana', 73 % for 'Basilisk', 79 % for 'Marandu', 93 % for 'Xaraés' and 95 % to 'Tanzania'. The 'Aruana' cultivar showed the greatest potential for phytoextraction due to its greater ability to accumulate Mn in its biomass, followed by cv. 'Basilisk'. The four different extractors used were efficient to measure Mn concentrations in the soil, with higher critical level of Mn toxicity for the USEPA 3051 method due to the semi-total extraction character, and USEPA 3052 due to the total Mn extraction.