Dissertação/Tese NOVAS PROPOSTAS PARA O ENRAIZAMENTO DE MINIESTACAS DE Corymbia spp E Eucalyptus ssp EM UM VIVEIRO COMERCIAL - PPGPV

Dada a importância das florestas plantadas, busca-se cada vez mais melhorar a produção de madeira, e nos últimos anos, em especial a de Corymbia, que tem chamado a atenção do setor florestal devido as suas características atrativas como densidade maior da madeira e rusticidade. Assim, objetivou-se avaliar técnicas de manejo, como tamanho de miniestacas, tempo de abertura do estufim (TAE), e uso de reguladores de crescimento (RC) na produção de mudas de Corymbia e Eucalyptus. No primeiro capítulo, dois experimentos foram desenvolvidos, em que o primeiro possuía nove tratamentos dispostos em esquema fatorial 3x3, correspondente aos híbridos de C. citriodora x C. torelliana (C1), C. torelliana x C. citriodora (C2) e E. urophylla (C3), crescidos a partir de miniestacas com 5, 10 e 15 cm de comprimento. E o segundo experimento também foi desenvolvido em esquema fatorial 3x3, sendo os três clones supracitados e três tempos de coletas das miniestacas após abertura do estufim (AAE): 0, 24 e 48 horas. No segundo capítulo também foram conduzidos dois experimentos independentes, cada um com um regulador de crescimento diferente, ambos em esquema fatorial 3x5, sendo os três materiais genéticos dos experimentos anteriores e cinco concentrações do RC 1 (0, 500, 1000, 1500 e 2.000 mg kg-1) para o primeiro experimento e cinco concentrações do RC 2 (0, 1, 2, 3 e 4 mL L-1) para o segundo. Todos os experimentos foram conduzidos em blocos casualizados. Avaliou-se: aproveitamento final de mudas (AprovF), sobrevivência, altura, comprimento da maior raiz (CMR) e massa seca de raízes (MSR), parte aérea (MSPA) e total (MST). No primeiro capítulo, as miniestacas com 15 cm foram as que proporcionaram maior AprovF de mudas dos clones de Corymbia e as de 10 cm de E. urophylla. O C1 teve maior aproveitamento com miniestacas coletadas 24 horas AAE, e os clones C2 e C3 não foram influenciados pelo TAE. No segundo capítulo, E. urophylla teve maior AprovF do que os clones de Corymbia nos dois experimentos, que, por sua vez, tiveram maiores alturas. Aumentos na concentração de AIB melhoraram o AproF dos três materiais genéticos, mas reduziram MSPA e MST em E. urophyla, que também teve a MSR, MSPA e MST reduzidas com a aplicação de Stimulate® acima de 1 mL L-1. Para os clones de Corymbia, especialmente C2, a aplicação dos RC mostrou efeitos benéficos. O CMR dos clones de Corymbia foram maiores com 3 mL L-1 do RC 2, e o C2 teve MSR, MSPA e MST mais altas com 4 mL L-1. As características genéticas tiveram forte influência no desenvolvimento das plantas e em suas respostas a aplicação de hormônios, com E. urophylla se desenvolvendo melhor sem o RC 1 e com o RC 2 entre 0-1 mL L-1. As melhores concentrações para o desenvolvimento de C1 e C2 foram de 2000 e 1000 mg kg-1 do RC 1, respectivamente, e de 4 mL L-1 do RC 2 para o C2.

Given the importance of planted forests, efforts are increasingly being made to improve wood production, particularly in recent years for Corymbia, which has attracted attention in the forestry sector due to its desirable characteristics, such as higher wood density and resilience. Thus, the objective was to evaluate management techniques, including mini-cutting length, greenhouse opening time (GOT), and the use of growth regulators (GR) in the production of Corymbia and Eucalyptus seedlings. In the first chapter, two experiments were conducted. The first experiment consisted of nine treatments arranged in a 3x3 factorial design, corresponding to the hybrids C. citriodora × C. torelliana (C1), C. torelliana × C. citriodora (C2), and E. urophylla (C3), grown from mini-cuttings of 5, 10, and 15 cm in length. The second experiment was also developed in a 3x3 factorial design, involving the same three clones and three collection times for the mini-cuttings after greenhouse opening (AGO): 0, 24, and 48 hours. In the second chapter, two independent experiments were conducted, each using a different growth regulator. Both experiments followed a 3x5 factorial design, including the three genetic materials from the previous experiments and five concentrations of GR 1 (0, 500, 1000, 1500, and 2000 mg kg⁻¹) for the first experiment, and five concentrations of GR 2 (0, 1, 2, 3, and 4 mL L⁻¹) for the second. All experiments were conducted in a randomized block design. The following parameters were evaluated: final seedling yield (FSY), survival rate, height, longest root length (LRL), and dry mass of roots (DMR), shoots (DMS), and total biomass (DMT). In the first chapter, the 15 cm mini-cuttings provided the highest FSY for Corymbia clones, while the 10 cm cuttings performed best for E. urophylla. Clone C1 had the highest FSY with mini-cuttings collected 24 hours AGO, whereas clones C2 and C3 were not influenced by GOT. In the second chapter, E. urophylla showed a higher FSY than the Corymbia clones in both experiments, although the latter exhibited greater height. Increased concentrations of IBA improved FSY for all three genetic materials but reduced DMS and DMT in E. urophylla, which also experienced a reduction in DMR, DMS, and DMT when Stimulate® was applied at concentrations above 1 mL L⁻¹. For Corymbia clones, especially C2, the application of GRs showed beneficial effects. The LRL of Corymbia clones was greater at 3 mL L⁻¹ of GR 2, while C2 exhibited higher DMR, DMS, and DMT at 4 mL L⁻¹. Genetic characteristics strongly influenced plant development and their responses to hormone applications, with E. urophylla performing better without GR 1 and with GR 2 at concentrations between 0 and 1 mL L⁻¹. The optimal concentrations for the development of C1 and C2 were 2000 mg kg⁻¹ and 1000 mg kg⁻¹ of GR 1, respectively, and 4 mL L⁻¹ of GR 2 for C2.