Dissertação/Tese do PPGREAB
RELAÇÃO ENTRE OS COMPROMETIMENTOS FISICOS E FUNCIONAIS DO MEMBRO SUPERIOR E A DENSIDADE MINERAL ÓSSEA APÓS ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
Discente de mestrado Ver currículo Lattes Ver ORCID Ver página pessoal Data: 30/06/2025 Hora: 09:00 Local: https://meet.google.com/qhm-xrqt-udm
Ver TCC em PDF
Caio Vinícius Monteiro de Sousa
Defesa
ResumoPalavras-chave:
O acidente vascular cerebral (AVC) pode comprometer significativamente a saúde óssea, aumentando o risco de osteoporose e fraturas. Apesar da relevância clínica, os efeitos do AVC crônico na densidade mineral óssea (DMO) ainda são pouco explorados e apresentam resultados inconsistentes na literatura. Este estudo teve como objetivo investigar a relação entre os comprometimentos do membro superior parético e a DMO de diferentes regiões do membro superior (total, rádio e ulna) e a diferenças da DMO entre os membros superiores. Trata-se de um estudo transversal analítico realizado com indivíduos com AVC crônico (≥6 meses), de ambos os sexos e com idade ≥18 anos. Os participantes foram avaliados com os seguintes instrumentos: Mini Exame do Estado Mental (MEEM), questionário sociodemográfico e clínico, Motor Activity Log (MAL), Escala Modificada de Ashworth, avaliação motora de Fugl-Meyer e densitometria por DXA (Dual-energy X-ray Absorptiometry). Os dados foram analisados por estatística descritiva e testes inferenciais (p ≤ 0,05). Foram incluídos 14 indivíduos (7 homens, 7 mulheres). O membro superior parético apresentou valores significativamente menores de DMO e conteúdo mineral ósseo (CMO), tanto no segmento total quanto em regiões específicas do rádio e da ulna (p ≤ 0,05), além de menor massa magra. A massa gorda não diferiu entre os lados (p > 0,05). Observou-se correlação positiva significativa entre a massa magra e os parâmetros de DMO e CMO do membro parético (r = 0,82; p ≤ 0,05 e r = 0,83; p ≤ 0,05, respectivamente), enquanto o tempo desde o AVC correlacionou-se negativamente com o CMO da ulna (r = -0,58; p ≤ 0,05). Não foram identificadas correlações significativas entre os parâmetros ósseos e as variáveis funcionais ou de espasticidade. O estudo evidenciou redução significativa da densidade e do conteúdo mineral ósseo no membro superior parético, associada principalmente à menor massa magra. A perda óssea foi difusa e mais relacionada à composição corporal do que à função motora ou espasticidade.
Acidente vascular cerebral; extremidade superior; densidade óssea osteoporose; espasticidade muscular; desempenho físico funcional
AbstractKeywords:
Stroke can significantly impair bone health, increasing the risk of osteoporosis and fractures. Despite its clinical relevance, the effects of chronic stroke on bone mineral density (BMD) remain underexplored and show inconsistent results in the literature. This study aimed to investigate the relationship between impairments of the paretic upper limb and the BMD of different regions of the upper limb (total, radius, and ulna), as well as the differences in BMD between the upper limbs. This was an analytical cross-sectional study conducted with individuals with chronic stroke (≥6 months) of both sexes and aged ≥18 years. Participants were assessed using the Mini-Mental State Examination (MMSE), a sociodemographic and clinical questionnaire, the Motor Activity Log (MAL), the Modified Ashworth Scale, the Fugl-Meyer motor assessment, and DXA (Dual-energy X-ray Absorptiometry). Data were analyzed using descriptive statistics and inferential tests, with a significance level set at p ≤ 0.05. Fourteen individuals were included (7 men and seven women). The paretic upper limb showed significantly lower BMD and bone mineral content (BMC) values in the total segment as well as in specific regions of the radius and ulna (p ≤ 0.05), along with reduced lean mass. Fat mass did not differ between sides (p > 0.05). A significant positive correlation was observed between lean mass and BMD/BMC parameters in the paretic limb (r = 0.82; p ≤ 0.05 and r = 0.83; p ≤ 0.05, respectively), while time since stroke was negatively correlated with ulna BMC (r = -0.58; p ≤ 0.05). No significant correlations were found between bone parameters and functional or spasticity variables. The study demonstrated a significant reduction in bone mineral density and content in the paretic upper limb, primarily associated with lower lean mass. Bone loss was diffuse and more closely related to body composition than motor function or spasticity.
Stroke; Upper Extremity; bone density; osteoporosis; muscle spasticity; Physical Functional Performance
Banca de defesa
PresidenteNacionalidade: Brasileira Ver currículo Lattes Ver ORCID Ver página pessoal
ANA PAULA SANTOS
Participante internoNacionalidade: Brasileira Ver currículo Lattes Ver ORCID Ver página pessoal
ROSANE LUZIA DE SOUZA MORAIS