Dissertação/Tese TREINO DE BAIXA INTENSIDADE EM ESTEIRA MANTEM A FUNCIONALIDADE, A DEPOSIÇÃO DE FIBROSE E NÃO ALTERA O CONDICIONAMENTO AERÓBIO EM CAMUNDONGOS MDX AO LONGO DO TEMPO - PPGREAB

Introdução: Na Distrofia Muscular de Duchenne (DMD), o músculo esquelético sofre rápida degeneração de forma progressiva e o exercício terapêutico é controverso nessa condição. O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos de um protocolo de treinamento de baixa intensidade sobre parâmetros funcionais, aeróbios, morfológicos e da fibrose muscular do diafragma e coração do modelo mdx. Metodologia: Camundongos mdx machos com 8 semanas de idade, foram submetidos a um protocolo de oito semanas em esteira horizontal (9m/min,3x/semana,30min/dia). Os animais mdx foram distribuídos aleatoriamente no grupo treinado (mdxT, n = 8) ou não treinado (mdxNT, n = 8). Medidas funcionais de força e equilíbrio, análise do VO2 máximo (VO2máx), tempo de exaustão e histomorfometria das fibras de colágeno intramuscular sob luz polarizada foram avaliadas ao longo do tempo do protocolo (T0, T4, T8) no diafragma e músculo cardíaco. Resultados: Não houve diferenças significativas no teste de força de preensão e Rotarod ao longo do protocolo, também não houve diferenças significativas entre os grupos na deposição de fibrose do musculo cardíaco do modelo mdx, no musculo diafragma mdx houve uma queda significativa para p<0,05 na porcentagem de fibrose intramuscular entre mdxT e mdxNT no T4, aumento da fibrose tanto do grupo mdxT como mdxNT no T8 quando comparados ao grupo controle T0; e aumento da fibrose entre do grupo mdxT do T8 quando comparado ao mdxNT do T4; Nas variáveis VO2máx e tempo de exaustão, não houve um desempenho significativo mesmo com o fator tempo e treinamento. O diafragma e coração mdx apresentam achados histomorfometricos (núcleos centrais, heterogeneidade das fibras, tecido necrótico, fragmentação do sarcolema, infiltrado inflamatorio) com maior frequência no final do protocolo longo (8 semanas) tanto no grupo mdxT como mdxNT, principalmente no músculo diafragma mdx. Conclusão: O treino de baixa intensidade em esteira mostra que não houve influencias na deposição de fibrose no músculo cardíaco mdx ao longo do tempo; sugere aumento da fibrose no músculo diafragma mdx ao final do protocolo longo, independente do fator treinamento; manteve a força dos músculos dos membros e não influenciou a capacidade aeróbia dos camundongos mdx durante o protocolo longo de exercício de baixa intensidade.

Introduction: In Duchenne Muscular Dystrophy (DMD), the skeletal muscle suffers rapid degeneration progressively and therapeutic exercise is controversial in this condition. The aim of this study was to investigate the effects of a low-intensity training protocol on functional, aerobic, morphological and muscle fibrosis parameters of the diaphragm and heart of the mdx model. Methodology: Eight-week-old male mdx mice were submitted to an eight-week protocol on a horizontal treadmill (9m/min, 3x/week, 30min/day). The mdx animals were randomly distributed in the trained (mdxT, n = 8) or untrained (mdxNT, n = 8) group. Functional measures of strength and balance, analysis of VO2 max (VO2max), exhaustion time and histomorphometry of intramuscular collagen fibers under polarized light were evaluated over the protocol time (T0, T4, T8) in the diaphragm and cardiac muscle. Results: There were no significant differences in the grip strength test and Rotarod throughout the protocol, there were also no significant differences between the groups in the deposition of cardiac muscle fibrosis in the mdx model, whereas in the mdx diaphragm muscle there was a significant drop for p< 0.05 in the percentage of intramuscular fibrosis between mdxT and mdxNT at T4 and increased fibrosis in both the mdxT and mdxNT groups at T8 when compared to the control group T0 (p < 0.01); and increased fibrosis between the mdxNT of T4 and mdxT of T8 groups; In the variables VO2max and exhaustion time, there was no significant performance even with the time and training factor. The diaphragm and mdx heart have histomorphometric findings (central nuclei, fiber heterogeneity, necrotic tissue, sarcolemma fragmentation, inflammatory infiltrate) more frequently at the end of the long protocol (8 weeks) in both the mdxT and mdxNT groups, mainly in the mdx diaphragm muscle. Conclusion: Low-intensity training on a treadmill shows that there were no influences on the deposition of fibrosis in the mdx cardiac muscle over time, suggesting an increase in fibrosis at the end of the long protocol, regardless of the training factor, maintaining the strength of the limb muscles and did not influence the aerobic capacity of mdx mice during the long low-intensity exercise protocol.