Dissertação/Tese A ACURÁCIA DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA NA IDENTIFICAÇÃO DA DISFUNÇÃO SISTÓLICA EM PACIENTES COM CARDIOMIOPATIA CHAGÁSICA - PPGREAB

Dissertações/Teses

Dissertação/Tese do PPGREAB
A ACURÁCIA DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA NA IDENTIFICAÇÃO DA DISFUNÇÃO SISTÓLICA EM PACIENTES COM CARDIOMIOPATIA CHAGÁSICA

Discente de mestrado
KEITY LAMARY SOUZA SILVA
  • Ver currículo Lattes
  • Ver ORCID
  • Ver página pessoal
  • Defesa
  • Data: 28/02/2023
  • Hora: 09:00
  • Local: Plataforma Google Meet.
  • Ver TCC em PDF
  • Resumo
    A doença de Chagas é uma doença tropical prevalente em regiões com alta vulnerabilidade social. Dos pacientes acometidos, 30% dos podem evoluir para a forma cardíaca da doença, denominada de cardiomiopatia chagásica (CCh). A CCh apresenta-se clinicamente de forma heterogênea, sendo a disfunção sistólica, caracterizada ela redução expressiva da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE), um marcador importante de gravidade. Concomitantemente com a deterioração da função cardíaca, o paciente com CCh pode evoluir com redução da capacidade funcional, alteração na proporção das fibras musculares e fraqueza musculoesquelética generalizada, inclusive fraqueza dos músculos respiratórios. Dessa forma, tanto a disfunção sistólica como a fraqueza muscular respiratória acompanham a progressão da doença. Nesse cenário, a avaliação das pressões respiratórias máximas surge como alternativa para a triagem dos pacientes onde a ecocardiografia não estiverdisponível. Objetivo: Verificar a acurácia da força muscular respiratória na identificação de disfunção sistólica em pacientes com CCh. Métodos: Cinquenta e sete pacientes com CCh (53,2±9,0 anos, 61,4% mulheres, NYHA I- III) foram recrutados e submetidos a ecocardiografia e avaliação da força muscular respiratória por manovacuometria. A força muscular inspiratóriae expiratória foi definida pela pressão inspiratória máxima (PImáx) e pressão expiratória máxima (PEmáx), respectivamente. A disfunção sistólica foi definida por valores de FEVE abaixo de 52% (para homens) ou 54% (para mulheres). Resultados: Trinta e sete pacientes (64,9%) apresentavam disfunção sistólica e 20 (35,1%) pacientes apresentavam função cardíaca preservada. O grupo com disfunção sistólica apresentou PImáx reduzida quando comparado ao grupo com função cardíaca preservada (66,5±34,5 cmH2O versus 85,3±29,2 cmH2O, p=0,044). Não houve diferença na PEmáx (89,9±43,9 cmH2O versus 87,3±22,3 cmH2O, p=0,812). Na curva ROC, a PImáx apresentou acurácia adequada para identificar pacientes com disfunção sistólica (AUC=0,71). A PEmáx não apresentou acurácia satisfatória na identificação desses pacientes. O ponto de corte ótimo da PImáx para identificar disfunção sistólica em pacientes com CCh foi ≤62 cmH2O, com valor preditivo positivo de 85%. Conclusão: A PImáx tem valor potencial na identificação de disfunção sistólica em pacientes com CCh. Esse achado pode auxiliar na triagem e na estratificação de risco quando a ecocardiografia não está disponível.
  • Palavras-chave:
    Doença de Chagas; cardiomiopatia chagásica; ecocardiografia; músculos respiratórios, testes diagnósticos
  • Abstract
    Chagas disease is a tropical disease prevalent in areas with high social vulnerability. Of the affected patients, 30% may progress to the cardiac form of the disease, called Chagas cardiomyopathy (ChC). ChC is clinically heterogeneous, with systolic dysfunction, characterized by a significant reduction in left ventricular ejection fraction (LVEF), an important marker of severity. Concomitantly with the deterioration of cardiac function, the patient with ChC may evolve with reduced functional capacity, alteration in the proportion of muscle fibers and generalized musculoskeletal weakness, including weakness of the respiratory muscles. Thus, both systolic dysfunction and respiratory muscle weakness accompany disease progression. In this setting, the assessment of maximal respiratory pressures emerges as an alternative for screening patients where echocardiography is not available. Methods: Fifty- seven patients with ChC (53.2±9.0 years, 61.4% females, NYHA I-III) were recruited and underwent echocardiography and assessment of respiratory muscle strength by manovacuometry. Inspiratory and expiratory muscle strength was defined by maximal inspiratory pressure (MIP) and maximal expiratory pressure (MEP), respectively. Systolic dysfunction was defined by LVEF values below 52% (for men) or 54% (for women). Results:Thirty-seven patients (64.9%) had systolic dysfunction and 20 (35.1%) patients had preserved cardiac function. The group with systolic dysfunction had reduced MIP when compared to the group with preserved cardiac function (66.5±34.5 cmH2O versus 85.3±29.2 cmH2O, p=0.044). There was no difference in MEP (89.9±43.9 cmH2O versus 87.3±22.3 cmH2O, p=0.812). In the ROC curve, the MIP showed adequate accuracy in identifying patients with systolic dysfunction (AUC=0.71). The MEP did not show satisfactory accuracy in identifying those patients. The optimal MIP cutoff point to identify systolic dysfunction in patients with ChC was ≤62 cmH2O, with a positive predictive value of 85%. Conclusion: MIP has potential value in identifying systolic dysfunction in patients with ChC. This finding may aid in screening and risk stratification when echocardiography is not available.
  • Keywords:
    Chagas disease; Chagas cardiomyopathy; echocardiography; respiratory muscles; diagnostic tests.
  • Banca de defesa

    Presidente
    HENRIQUE SILVEIRA COSTA
  • Nacionalidade: Brasileira
  • Ver currículo Lattes
  • Ver ORCID
  • Ver página pessoal
  • Participante interno
    ALESSANDRA DE CARVALHO BASTONE
  • Nacionalidade: Brasileira
  • Ver currículo Lattes
  • Ver ORCID
  • Ver página pessoal
  • Participante interno
    ANA PAULA SANTOS
  • Nacionalidade: Brasileira
  • Ver currículo Lattes
  • Ver ORCID
  • Ver página pessoal
  • Participante externo
    Luciano F L d O
  • Nacionalidade: Brasileira