Dissertação/Tese A eficácia do treinamento muscular respiratório em atletas: uma revisão sistemática - PPGREAB

Objetivo: Verificar a eficácia do treinamento muscular respiratório (TMR) em atletas sobre a força muscular respiratória (inspiratória e/ou expiratória), função pulmonar e desempenho de atletas. Metodologia: revisão sistemática e metanálise. Fontes de dados: Pesquisas sem limite de data ou restrição de idioma, nas bases de dados: Medline via PubMed, Lilacs via Virtual Health Library, CENTRAL através da Cochrane Library, Base Pedro, EMBASE, ClinicalTrials.gov, listas de referências de artigos recuperados e literatura cinzenta (Google Scholar). Critérios de elegibilidade para a seleção de estudos: Apenas ensaios clínicos randomizados foram incluídos. Estudos com atletas (amadores ou profissionais), de ambos os sexos, independente da modalidade ou idade, que não apresentassem nenhuma comorbidade cardíaca ou respiratória, deficiência física (como paratletas) e/ou deficiência intelectual. A seleção dos estudos em duplicata e extração de dados foi realizada por dois revisores independentes. Resultados: Vinte e cinco artigos (envolvendo 522 atletas) forneceram informações suficientes para serem incluídos nas metanálises. A maioria dos estudos incluiu nadadores e jogadores de futebol. O TMR foi mais comumente realizado entre 30 e 90% da Pressão Inspiratória Máxima (PImáx) e/ou Pressão Expiratória Máxima (PEmáx). Além disso, em uma metanálise envolvendo 18 estudos (diferentes esportes), o TMR potencializou os valores de PImáx (DM = 27,90cmH2O IC 95%: 16,18cmH2O a 39,62cmH2O, p = 0,00001) e na metanálise envolvendo jogadores de futebol, os valores de PEmáx aumentaram significativamente (MD = 31,77cmH2O 95% CI: 22,49cmH2O a 41,05cmH2O, p = 0,00001). Conclusão: O TMR favorece a melhora da função pulmonar: PImáx, Volume Expiratório Forçado no 1° segundo, Capacidade Vital Forçada, Índice de Tiffenau em atletas, principalmente jogadores de futebol. Os atletas que usam esta modalidade também demonstraram melhorar o desempenho atlético. No entanto, após a avaliação por meio do sistema GRADE esses resultados são baseados em evidências de muito baixa a baixa qualidade.

Objective: To verify the effectiveness of respiratory muscle training (RMT) in athletes on respiratory muscle strength (inspiratory and/or expiratory), lung function and athlete performance. Methodology: systematic review and meta-analysis. Data sources: Searches without date limit or language restriction, in databases: Medline via PubMed, Lilacs via Virtual Health Library, CENTRAL via Cochrane Library, Base Pedro, EMBASE, ClinicalTrials.gov, reference lists of retrieved articles and gray literature (Google Scholar). Eligibility criteria for study selection: Only randomized controlled trials were included. Studies with athletes (amateur or professional), of both sexes, regardless of sport or age, who did not present any cardiac or respiratory comorbidity, physical disability (such as para-athletes) and/or intellectual disability. The selection of duplicate studies and data extraction were carried out by two independent reviewers. Results: Twenty-five articles (involving 522 athletes) provided sufficient information to be included in the meta-analyses. Most studies included swimmers and football players. TMR was most commonly performed between 30 and 90% of Maximum Inspiratory Pressure (MIP) and/or Maximum Expiratory Pressure (MEP). Furthermore, in a meta-analysis involving 18 studies (different sports), TMR increased MIP values (MD = 27.90cmH2O CI 95%: 16.18cmH2O to 39.62cmH2O, p = 0.00001) and in the meta-analysis involving players football, MEP values increased significantly (MD = 31.77cmH2O 95% CI: 22.49cmH2O to 41.05cmH2O, p = 0.00001). Conclusion: RMT favors the improvement of lung function: MIP, Forced Expiratory Volume in the 1st second, Forced Vital Capacity, Tiffenau Index in athletes, especially football players. Athletes who use this modality have also been shown to improve athletic performance. However, after evaluation through the GRADE system these results are based on very low to low quality evidence.