Dissertação/Tese TREINO DE BAIXA INTENSIDADE RETARDA A DEPOSIÇÃO DE FIBRAS COLÁGENAS NO MÚSCULO GASTROCNÊMIO DISTRÓFICO DE MODELO MDX - PPGREAB

O tecido muscular esquelético é formado por feixes de fibras cilíndricas multinucleadas, sendo seus núcleos localizados na periferia das fibras. As distrofias musculares são um grupo de doenças musculares genéticas e progressivas, onde a ausência da distrofina leva a uma degeneração progressiva da fibra muscular, que caracteriza a Distrofia Muscular de Duchenne (DMD). Os ciclos de degeneração/regeneração das fibras distróficas provocam uma substituição do tecido muscular por fibrose, levando a perda de função. Além disso, outras alterações morfológicas ocorrem, como o aumento da heterogeneidade de tamanho da fibra muscular e grande proporção de fibras musculares com núcleo central. Pesquisas vêm sendo realizadas, entretanto a patologia permanece sem cura até os dias atuais. Para tentar impedir a progressão da doença, os pacientes DMD têm acesso a terapias de suporte, onde a fisioterapia tem sido empregada com objetivo de reduzir as alterações musculoesqueléticas e cardiorrespiratórias. Porém, a fisioterapia motora tem recomendações controversas e o exercício terapêutico na DMD tem poucos parâmetros definidos. Pesquisas em modelos animais vêm sendo desenvolvidas para investigar os efeitos do treinamento físico no músculo esquelético distrófico. Assim, o presente trabalho investigou os efeitos do treino terapêutico de baixa intensidade no músculo distrófico no modelo mdx. Foram estudados três grupos: camundongos mdx exercício (mdxE), mdx sedentário (mdxC) e controle saudáveis (Cc) (n=8/grupo). O grupo mdxE foi estimulado a correr em esteira horizontal motorizada para ratos, em baixa intensidade, 9m/min por 30 minutos/dia, 3 vezes/semana, por 8 semanas e foram realizadas análises morfológicas, morfométricas e de constituição tecidual para inferir o efeito do protocolo de treinamento no músculo distrófico.

Skeletal muscle tissue consists of bundles of multinucleated cylindrical fibers, with nuclei located at the periphery of the fibers. Muscular dystrophies are a group of genetic and progressive muscular diseases, where the absence of dystrophin leads to a progressive degeneration of muscle fiber, which characterizes Duchenne Muscular Dystrophy (DMD). Cycles of degeneration / regeneration of dystrophic fibers cause the replacement of muscle tissue by fibrosis, leading to a loss of function. In addition, morphological changes occur, such as increased heterogeneity of muscle fiber size and a large proportion of muscle fibers with central nucleus. Research has been carried out, however, there is still no cure. To prevent disease progression, patients with DMD have access to supportive therapies where physical therapy has been employed to reduce musculoskeletal and cardiorespiratory complications. However, physical therapies have controversial recommendations and therapeutic exercise in DMD has few defined parameters. Research into animal models is designed to investigate the effects of physical training on skeletal muscle. Thus, the present study investigated the effects of low intensity therapeutic training on the dystrophic muscle in the mdx model. Three groups were studied: exercised mdx (mdxE), sedentary mdx (mdxC) and healthy controls (Cc) groups (n=8/group). The mdxE group was stimulated to run on a motorized treadmill at low intensity mice, 9m/min for 30 minutes/day, 3 times a week, for 8 weeks, and morphologic, morphometric and tissue composition analyzes were performed to infer the effect of low intensity training in the dystrophic muscle.