Linha de pesquisa Turismo, Áreas Protegidas e Desenvolvimento Local - PPGTTeP

Linhas de pesquisa

Linha de pesquisa do PPGTTeP
Turismo, Áreas Protegidas e Desenvolvimento Local

Esta linha de pesquisa abordará investigações centradas em políticas públicas ligadas às áreas protegidas, em seu entendimento mais amplo, abrangendo não apenas as unidades de conservação, mas também as terras indígenas e os territórios quilombolas. Traz uma perspectiva crítica e reflexiva sobre os desafios atuais que tais áreas protegidas enfrentam, com análises centradas no território. Nessa perspectiva, serão incentivadas pesquisas abordando o turismo de base comunitária e o seu papel central para o desenvolvimento local, valorizando a experiência do visitante e gerando oportunidades para as comunidades locais como protagonistas de todo o processo. Assim, é possível incluir pesquisas centradas na economia solidária, na produção associada ao turismo, nos diversos segmentos turísticos que podem ser desenvolvidos em tais territórios, e também dos impactos que o turismo pode gerar em tais áreas.
  • Área de concentração: TURISMO E TERRITÓRIOS PROTEGIDOS
  • Início: 05/03/2025
  • Projeto de pesquisa associado 1/3
    Gestão de áreas protegidas e turismo
    As áreas protegidas constituem-se em uma das principais estratégias de conservação da natureza in situ em todo o mundo. Elas são criadas visando assegurar o direito constitucional de garantia ao meio ambiente equilibrado, sendo definidas como: “Um espaço geográfico claramente definido, reconhecido, dedicado e gerenciado, por meios legais ou outros meios efetivos, para alcançar a conservação de longo prazo da natureza com serviços ecossistêmicos e valores culturais associados” (União Internacional para a Conservação da Natureza, 2018, p.1). Nesse sentido, as áreas protegidas abrangem, segundo o Plano Nacional de Áreas Protegidas (2006), as unidades de conservação, as terras indígenas e os territórios quilombolas. Para serem criadas e geridas existem diversos instrumentos legais, tais como: estudos técnicos e audiência pública para sua criação, decreto de criação, conselho gestor, plano de manejo, zoneamento, plano de uso público, regularização fundiária e recursos humanos, financeiros e materiais, no caso das UCs; Portaria de autodeclaração e certificação, Relatório Antropológico, Plano de Gestão Territorial e Ambiental, Etnomapeamento, Titulação territorial, entre outros, no caso das comunidades tradicionais. Neste sentido, este projeto integrador poderá envolver pesquisas nas áreas citadas acimas, envolvendo, ainda, questões como conflitos socioambientais, gestão de áreas protegidas, efetividade de gestão, uso público, participação e controle social, diversidade de parcerias, análise do rol de oportunidades de visitação, patrimonialização da natureza, processos de desafetação, recategorização e redefinição de limites, mosaicos de áreas protegidas, reserva da biosfera, trilhas de longo curso, análise e monitoramento de impactos, território, territorialização e pertencimento, economia solidária e produção associada ao turismo, entre outras temáticas. Para tanto, poderão ser utilizadas metodologias diversas, dentre as quais: levantamento de dados primários e secundários, aplicação de questionários e entrevistas, pesquisa de opinião, observação sistematizada, pesquisa ação, estudos de caso, cartografia social, uso de novas tecnologias e técnicas de geoprocessamento como instrumentos estratégicos para a análise, o monitoramento e a gestão de áreas protegidas, utilização de Sistemas de Informação Geográfica (SIG), sensoriamento remoto, modelagem espacial e plataformas digitais colaborativas, entre outras. Com este projeto integrador, pretende-se, então, contribuir com avanços significativos para a gestão das áreas protegidas, diminuição e enfrentamento de conflitos socioambientais, reflexões sobre desafios e potencialidades das áreas protegidas, proposição de formas mais integradoras de relacionamento entre população e territórios protegidos (e pseudo-protegidos), tanto na região de abrangência da Serra do Espinhaço, como em outros territórios para além do Estado de Minas Gerais.
  • Natureza: Pesquisa
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  • Projeto de pesquisa associado 2/3
    Marketing Verde e Produtos Sustentáveis
    Esta linha de pesquisa tem como propósito analisar a influência do marketing nas decisões de consumo de produtos sustentáveis, considerando o contexto das práticas de conservação ambiental. Busca-se compreender de que maneira as estratégias de comunicação e posicionamento sustentável impactam as escolhas dos consumidores, bem como identificar os fatores que potencializam ou limitam a adesão a comportamentos de consumo ambientalmente responsáveis. Entre as propostas de investigação a serem desenvolvidas, destacam-se: a análise da percepção dos consumidores acerca de produtos sustentáveis em áreas de conservação ambiental; a identificação dos elementos do marketing verde — como rótulos, certificações e campanhas — que exercem maior influência sobre o processo de decisão de compra; a avaliação da correlação entre o nível de consciência ambiental dos consumidores e suas escolhas de consumo; a identificação de barreiras e de fatores motivadores à adoção de produtos sustentáveis em contextos de preservação ambiental; e a formulação de estratégias de marketing mais eficazes para a promoção do consumo sustentável em consonância com práticas de conservação ambiental.
  • Natureza: Pesquisa
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  • Projeto de pesquisa associado 3/3
    Saberes, fazeres e sentires em territórios protegidos
    Conceber uma Teia de Territórios Protegidos implica em envolver as unidades de conservação, as Terras Indígenas e os Territórios Quilombolas, uma vez que todas estas áreas protegidas pautam pela conservação da biodiversidade dos bens naturais brasileiros. Implica em envolver também a diversidade humana, principal protagonista nos processos de conservação e preservação da natureza em contraponto de tantas práticas desenvolvimentistas de apropriação e expropriação da natureza. Todavia para alcançar os objetivos de constituir uma Teia de Territórios Protegidos é essencial compreender que cada território é resultado de diálogos singulares que mesclam o natural e o social de forma dialética, dialógica e transversal, pois as interações são múltiplas e complexas, mutáveis e dinâmicas, com historicidades que induzem o presente em busca de futuridades pautadas por um constante processo de re[des(construção)] considerando sentidos de localidade, territorialidade, identidade, pertencimento, dentre outros. Nesta seara, são diversos os coletivos sociais atuantes ou residentes nas AP e,ou no seu entorno que questionam, reivindicam, atuam, conflitam, cooperam. São temáticas que estão permeadas por vulnerabilidades, problemas, enfrentamentos e, porque não, potencialidades socioambientais externalizadas por saberes, fazeres e sentires de quem tem o território acolhido em si, e se sente acolhido no território. Alguns procedimentos metodológicos podem ser: pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, trabalhos de campo, entrevistas semiestruturadas, dentre outros, mas principalmente, as possibilidades pluriepistêmicas de metodologias decoloniais. Esperamos conhecer e reconhecer que saberes, fazeres e sentires atravessam os territórios protegidos, para inspirar e transformar a nossa atuação, por um hoje diferente e um amanhã mais alentador para a alma.
  • Natureza: Pesquisa
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